Política

Itália diz que membros do Hezbollah conseguiram cidadania falsa

Declaração chega em meio a debate sobre 'jus sanguinis'

O vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani

Redazione Ansa

(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, anunciou nesta quarta-feira (30) que o governo vai revogar as br/brasil/flash/internacional/2024/10/08/cidadania-e-coisa-seria-diz-vice-premie-da-italia_8948ee3d-95f4-4bff-8193-dd8c518ec2af.html" target="_blank" rel="noopener">cidadanias obtidas por cinco supostos membros do grupo xiita libanês Hezbollah com documentos falsos.
    A notícia chega em meio à polêmica desencadeada por uma proposta de Tajani para limitar a transmissão da cidadania italiana por direito de sangue (jus sanguinis).
    "Estamos revogando a cidadania de cinco membros do Hezbollah que tinham obtido o passaporte por meio de uma agência que comprovava com falsa documentação sobre um antepassado. Trata-se de fraudes que são pagas com um preço caro", declarou o ministro.
    Segundo ele, o tema da cidadania italiana "deve ser enfrentado de maneira séria". "Não significa frouxidão, assim como não se deve presentear com a cidadania quem tem um falso antepassado", acrescentou.
    O projeto de lei do partido conservador Força Itália (FI), liderado por Tajani, impediria ítalo-descendentes cujos pais, avós e bisavós tenham nascido fora da Itália de obter a cidadania por direito de sangue, mas sem afetar processos já em andamento.
    Por outro lado, prevê cidadania para estrangeiros nascidos na Itália ou que tenham chegado no país antes do quinto aniversário, mas apenas quando eles completarem 16 anos e desde que tenham residido em solo italiano durante uma década ininterrupta e concluído o ciclo escolar até essa faixa etária.
    Atualmente, não há limite geracional para o "jus sanguinis", enquanto filhos de imigrantes nascidos na Itália só podem obter a cidadania após os 18 anos. No entanto, a premiê Giorgia Meloni indicou que o projeto de Tajani não está entre as prioridades do governo, embora tenha se mostrado aberta a discutir o assunto.
    (ANSA).
   

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