Política

Projeto sobre cidadania italiana não é de esquerda, diz ministro

Tajani quer mudar regras de jus sanguinis e criar jus italiae

Vice-premiê Antonio Tajani durante visita a São Paulo, em outubro

Redazione Ansa

(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, rebateu as críticas de que seu projeto para alterar as br/brasil/noticias/politica/2024/09/30/cidadania-e-para-quem-quer-ser-italiano-diz-vice-premie_7edaca9a-4518-49ed-a483-ba8edcd667c0.html" target="_blank" rel="noopener">regras de concessão de cidadania no país seja de "esquerda" por beneficiar filhos de imigrantes.
    A resposta foi dada em uma mensagem no X para felicitar a filha de nigerianos Kemi Badenoch, eleita neste sábado (2) como nova líder do Partido Conservador do Reino Unido, legenda historicamente alinhada com o Força Itália (FI), sigla de Tajani.
    "Parabéns a Kemi Badenoch, eleita nova líder dos conservadores. Uma mulher de cor candidata a liderar o Reino Unido. Belo exemplo de integração, assim como propõe o jus italiae, que não é um projeto de esquerda", escreveu.
    O projeto de lei do FI impediria ítalo-descendentes cujos pais, avós e bisavós tenham nascido fora da Itália de obter a cidadania por direito de sangue (jus sanguinis), mas sem afetar processos já em andamento.
    Por outro lado, prevê cidadania para estrangeiros nascidos na Itália ou que tenham chegado no país antes do quinto aniversário, mas apenas quando eles completarem 16 anos e desde que tenham residido em solo italiano durante uma década ininterrupta e concluído o ciclo escolar até essa faixa etária.
    Esse sistema foi apelidado por Tajani de "jus italiae" ("direito italiano", em tradução livre). Atualmente, não há limite geracional para o "jus sanguinis", enquanto filhos de imigrantes nascidos na Itália só podem obter a cidadania após os 18 anos.
    No entanto, a premiê Giorgia Meloni indicou que o projeto de Tajani não está entre as prioridades do governo, embora tenha se mostrado aberta a discutir o assunto. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it