Política

Vice-premiê da Itália rebate Musk após críticas a juízes

Bilionário também foi respondido pelo presidente da Itália

Tajani deu declaração sobre Musk em evento em Roma

Redazione Ansa

(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, criticou nesta quinta-feira (14) as declarações do bilionário br/brasil/noticias/mundo/2024/11/06/trump-e-eleito-presidente-dos-eua-pela-2-vez-diz-tv_55f3740d-2f4a-42cb-b618-6e515e7d166b.html">Elon Musk sobre as decisões da Justiça que impediram a manutenção de migrantes forçados em um centro de repatriação construído pelo governo italiano na Albânia.
    Em declaração à ANSA à margem de uma conferência em Roma, o chanceler italiano comentou a troca de farpas de Musk com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, sobre o caso e destacou que o país é "livre, independente, democrático e capaz de escolher o próprio destino".
    "Quanto à posição de Elon Musk sobre o judiciário italiano, concordo absolutamente com as palavras do presidente da República e a linguagem de Musk não me pertence", acrescentou ele.
    Ontem (13), Mattarella rebateu as declarações do bilionário de que os juízes que bloquearam a deportação de migrantes forçados deveriam ir embora, dizendo que a "Itália é um grande país democrático e sabe cuidar de si mesma, no respeito de sua Constituição".
    A crítica se refere a sentenças do Tribunal de Roma que impediram o governo italiano de manter cidadãos bengaleses e egípcios em um centro de repatriação na cidade albanesa de Gjader, estratégia que busca desestimular os fluxos migratórios no Mediterrâneo.
    A corte considerou que Bangladesh e Egito não podem ser considerados lugares "seguros" para repatriação devido ao histórico de perseguições e desrespeito aos direitos humanos em ambos os países, postura que irritou a gestão Meloni e entrou na mira de Musk.
    Para Tajani, "alguns magistrados politizados devem fazer uma reflexão profunda". "Há um problema com alguns magistrados que usam o poder judicial para ocupar espaços do poder executivo e legislativo. E isto é verdadeiramente inaceitável", concluiu.
    (ANSA).
   

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