(ANSA) - A premiê da Itália, Giorgia br/brasil/noticias/politica/2024/11/19/no-rio-para-g20-meloni-diz-que-pretende-voltar-ao-brasil_16cd0e83-9e62-428d-a9d5-de110ff2c33d.html" target="_blank" rel="noopener">Meloni, se reuniu nesta quarta-feira (20) com o presidente da Argentina, Javier Milei, na Casa Rosada, em Buenos Aires, e não escondeu a sintonia com o líder ultraliberal.
Após a passagem pelo Rio de Janeiro para a Cúpula do G20, Meloni destacou a sinergia com Milei em "muitos assuntos", a começar pelas crises "na Ucrânia, no Oriente Médio e na Venezuela".
"Existe também uma sintonia política entre dois líderes que lutam para defender a identidade do Ocidente, a liberdade, a soberania. Há muito mais que uma cooperação comum entre nações, a força das ideias e a coragem necessária para defendê-las", disse a premiê em declaração conjunta com o presidente.
Meloni também elogiou "políticas muito corajosas de liberalização do mercado" promovidas por Milei, que "podem abrir novas oportunidades e ser um incentivo a mais para aumentar a presença italiana" na Argentina.
"Queremos enriquecer ainda mais nossa colaboração, sobretudo em setores estratégicos como transição energética, infraestrutura, fornecimento de matérias-primas críticas, transporte aéreo e espaço", disse a primeira-ministra, acrescentando que se sentiu "em casa" em Buenos Aires.
"O amor pela liberdade é um sentimento, caro Javier, que sempre nos uniu. Estou muito feliz por estar aqui. É minha primeira vez na Argentina, mas também minha primeira visita bilateral na América Latina desde a posse do meu governo. Não é uma escolha casual. Eu escolhi vir a Buenos Aires porque os povos italiano e argentino são irmãos", salientou.
Segundo Meloni, a Argentina conta atualmente com mais de 1 milhão de italianos, cerca de 20 milhões de ítalo-descendentes e aproximadamente 300 empresas da Itália, que empregam 16 mil pessoas e faturam mais de 3 bilhões de euros por ano. "Os laços que unem nossas nações têm raízes profundas", ressaltou.
A premiê ainda definiu a Argentina como "ponto de referência da Itália na América Latina" e garantiu que os governos vão trabalhar em um novo "plano de ação 2025-2030 para identificar os principais setores de colaboração".
Milei, por sua vez, defendeu a criação de uma "aliança de nações livres contra a tirania e a miséria". "Ainda que sejamos poucos, façamos luz para abrir caminho, porque, como sempre digo, a vitória e a guerra não dependem da quantidade de soldados, mas sim da força que vem do céu", disse.
Segundo o presidente, ele e Meloni foram "escolhidos para conduzir os destinos" de Argentina e Itália e "enfrentar os problemas com coragem". "Poucos presidentes no mundo ousam dizer a verdade aos cidadãos, dá para contar nos dedos de uma mão", afirmou.
Para Milei, a afinidade entre os dois governos é uma "oportunidade histórica para reforçar os laços e construir uma relação especial, por causa dos valores compartilhados que, infelizmente, são cada vez mais escassos no mundo ocidental".
"Nós defendemos o livre comércio, a propriedade privada e a soberania de nossas nações diante de infinitas regulamentações que querem impor aos cidadãos como eles devem viver. Defendemos a liberdade, os valores da família e o direito à vida", salientou o presidente. (ANSA).
Meloni e Milei expressam sintonia em reunião em Buenos Aires
Líderes defenderam liberdade e identidade do Ocidente