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Projeto quer usar minicérebros para estudar distúrbios do sono

Estudo será realizado pela Universidade de Pisa

Redazione Ansa

(ANSA) - Um projeto europeu divulgado no último dia 3 de janeiro pretende criar um laboratório de "minirréplicas" em versão ciborgue do cérebro humano para estudar os primeiros sintomas de doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson, para analisar uma possível correlação com distúrbios do sono.

A iniciativa do Centro de Pesquisa E. Piaggio da Universidade de Pisa, batizada de "Nap", tem como objetivo desenvolver os primeiros organoides cerebrais que podem ser "ligados e desligados" a um comando.

"Diferentemente dos organoides cerebrais feitos até agora, neste caso os neurônios humanos, desenvolvidos diretamente a partir de células obtidas do paciente, são conectados a eletrodos muito finos e flexíveis, que permitem monitorar a atividade neurológica e enviar estímulos", explicou à ANSA a coordenadora do projeto "Nap", Chiara Magliaro, do Centro Piaggio.

Os organoides são réplicas em escala reduzida dos órgãos humanos reais e, neste caso, os minicérebros contêm massa cinzenta e amígdalas, mas com apenas alguns milímetros de largura e feitos com um pequeno número de células.

Graças a esse novo tipo de cérebro "ciborgue", existe agora a possibilidade de monitorar a atividade neural com mais precisão e interferir de fora, por exemplo, alterando os ritmos de vigília e sono dos minicérebros.

"Simular os ritmos fisiológicos ou a privação do sono permite entender o que acontece nas nossas células nervosas quando não conseguimos ter uma boa rotina de descanso", acrescentou a pesquisadora italiana.

De acordo com Magliaro, estes são parâmetros fundamentais para "intervir em tempo hábil e garantir uma melhor qualidade de vida".

Um dos objetivos do projeto Nap, que terá duração de três anos e contará com o auxílio das universidades de Friburgo e Amsterdã, é compreender melhor os efeitos da privação do sono e selecionar possíveis correlações desses distúrbios com os sintomas do mal de Parkinson e outras doenças neurodegenerativas. (ANSA)

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