(ANSA) - O governo italiano disse nesta quinta-feira (9) que a segurança alimentar no mundo está ameaçada, principalmente em decorrência da pandemia de Covid-19 e das mudanças climáticas, e lembrou que o país está agindo para diminuir seu impacto.
A declaração foi dada pelo representante permanente da Itália nas Nações Unidas e e outros organismos internacionais em Genebra, embaixador Vincenzo Grassi, no âmbito da 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos sobre o direito à alimentação.
"As mudanças climáticas, a pandemia de Covid-19, a instabilidade geopolítica e financeira internacional, a perda da biodiversidade estão tendo um grande impacto na segurança alimentar e no direito de acesso a alimentos sustentáveis, seguros e nutritivos", afirmou.
Grassi ressaltou também que "a guerra da Rússia na Ucrânia exacerbou ainda mais a crise alimentar global" e o governo italiano tem agido.
"Neste contexto, a Itália desempenha um papel de liderança em vários aspectos para a definição de uma estratégia de segurança alimentar, também para contribuir para a implementação da Agenda 2030", explicou o embaixador.
Durante seu discurso, o representante da Itália lembrou que a "'Declaração de Matera', adotada durante a presidência italiana do G20, reconheceu pela primeira vez que a segurança alimentar é uma prioridade na agenda internacional".
Além disso, Grassi destacou que, em resposta à crise alimentar causada pela guerra na Ucrânia, a Itália trabalhou no G7 para abordar seu impacto na região do Mediterrâneo, lançando o "Diálogo Ministerial do Mediterrâneo sobre a Crise Alimentar".
Já em relação à cúpula das Nações Unidas sobre Sistemas Alimentares, cujo centro de coordenação está localizado na FAO, ele explicou que a Itália recebeu a pré-conferência em Roma em 2021 e acolherá no próximo mês de julho o "Momento de Avaliação dos Sistemas Alimentares da ONU".
Para Grassi, o "evento de alto nível convocado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres fará "um balanço do progresso da transformação dos sistemas alimentares" e irá "inspirar uma nova forma de impulso e solidariedade a nível global". (ANSA).