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Estudo mostra bons resultados contra tumores cerebrais raros

Pesquisa testa o medicamento 'vorasidenib'

Estudo conta com pesquisador italiano

Redazione Ansa

(ANSA) - Um estudo em estágio avançado sobre um medicamento para combater raros tumores cerebrais é apontado como um dos mais importantes apresentado no congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica e pode oferecer uma nova esperança para o tratamento.

A pesquisa conta com a participação do italiano Enrico Franceschi, diretor de Oncologia do sistema nervoso do Instituto de Ciências Neurológicas de Bolonha e um dos principais especialistas em neurologia da cidade, e descobriu que o uso do remédio "vorasidenib" é capaz de atrasar a progressão do quadro e diminuir o risco de morte de pacientes jovens.

Até agora, os tratamentos destas patologias incluem sempre cirurgia, seguida de quimioterapia e radioterapia. Por outro lado, o medicamento demonstrou sua ação direcionada em retardar a progressão dos gliomas de baixo grau.

Com causas desconhecidas, este tipo de tumor cerebral raro se desenvolve no sistema nervoso cerebral e afeta entre dois e três em cada 100 mil pessoas por ano, em sua maioria jovens, em torno de 30 a 40 anos de idade.

"Abre-se, portanto, uma nova era para o tratamento de tumores cerebrais por meio de medicamentos de última geração (que não têm os efeitos colaterais dos quimioterápicos) com alvo molecular", explica a Autoridade Local de Saúde de Bolonha.

O estudo de fase 3 envolveu 331 pacientes em todo o mundo. A terapia é capaz de retardar a progressão da doença em pacientes com glioma de baixo grau, já operados, que apresentam uma mutação genética específica.

"Isso significa ganhar um tempo precioso, em média 16 meses, no qual é possível manter a lesão neoplásica imóvel, retardando o uso de quimioterapia ou radioterapia", acrescenta o estudo. A droga ainda aguarda aprovação oficial nos Estados Unidos e na Europa, mas há grandes expectativas de que em breve se tornará o tratamento padrão para pacientes nos quais a cirurgia não foi curativa. (ANSA).
   

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