(ANSA) - O Ministério da Saúde de Portugal negocia com Havana a contratação de 300 médicos cubanos para a rede pública de atendimento do país.
A notícia foi divulgada pela imprensa local nesta quinta-feira (6), em meio à realização de uma greve nacional de médicos.
O ministério confirmou publicamente a intenção de "importar" profissionais da saúde estrangeiros, mas não informou a nacionalidade. A pasta já pediu a entidades de educação e à Ordem dos Médicos que facilitem os procedimentos de equivalência de diploma.
A notícia foi recebida com preocupação pela categoria médica.
Sindicatos reagiram afirmando que a contratação em massa não irá resolver as carências do sistema de saúde.
Já o presidente da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, disse não ter "nada contra", mas ressalvou que se os procedimentos de contratação forem feitos apressadamente, poderão prejudicar a qualidade e a segurança dos serviços.
Ele destacou ainda que, no momento, o país tem pelo menos 50 médicos ucranianos que aguardam o reconhecimento da equivalência e estão subocupados em outras atividades.
A iniciativa repete uma medida adotada em 2009, quando Portugal firmou um acordo com Cuba e convocou 44 profissionais.
Se a contratação for confirmada, os cubanos serão a terceira nacionalidade mais presente entre os estrangeiros no sistema médico português, atrás apenas dos espanhóis e brasileiros, e superando os italianos, que atualmente são 227. (ANSA).