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Itália faz 1º parto do mundo de grávida com síndrome rara

Mulher deu à luz após processo de fertilização in vitro

Grávida italiana de 32 anos sofre de doença rara

Redazione Ansa

(ANSA) - Uma italiana, de 32 anos, portadora da síndrome de Alstrom, uma doença rara que apresenta degeneração progressiva e leva à infertilidade, deu à luz no Hospital Sant'Anna, em Turim, na Itália, no último domingo (9), após ter passado por uma fertilização in vitro (FIV).

O recém-nascido pesa 3 quilos e 110 gramas e, segundo o centro de saúde, encontra-se "em excelente estado de saúde".

Segundo a equipe do centro "Città della Salute", para a italiana ficar grávida "foi necessário realizar uma fertilização in vitro e, em particular, a injeção direta dos espermatozoides dentro dos ovócitos".

"A paciente, durante o tratamento, foi submetida a um diagnóstico de genética pré-implantacional e obtido o resultado, um único embrião foi transferido para o útero, o que resultou em gravidez", acrescentou.

A gravidez da italiana, cuja identidade não foi revelada, teve duração regular até a 38ª semana, quando uma ligeira deterioração das funções cardiovasculares e metabólicas da mãe levou a equipe da professora Chiara Benedetto a realizar um parto por cesariana.

Para Giovanni La Valle, diretor-geral da instituição em Turim, é um nascimento "que tem algo de milagroso" e confirma "uma excelência a nível italiano e mundial em todos os campos da saúde".

"Um primeiro caso no mundo que permitiu a uma mulher que sofria de uma síndrome muito rara ser acompanhada ao longo do tempo por nossos profissionais e poder dar à luz com sucesso uma criança bonita e saudável", concluiu La Valle.

A síndrome de Alstrom é uma doença causada por uma alteração no gene ALMS1 e acomete diversas partes do corpo, além de ser caracterizada por cegueira progressiva, diabetes mellitus na juventude, obesidade e surdez, sem deficiência mental. No caso das mulheres, a infertilidade também se manifesta.

Não existe uma terapia específica para a síndrome de Alstrom, mas o diagnóstico e a intervenção precoces podem melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. (ANSA).
   

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