(ANSA) - Uma comissão ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a Itália eliminou a transmissão da rubéola, doença que agora não é mais considerada endêmica no país.
A decisão foi tomada pela Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita, que faz parte da OMS.
"É uma proteção importante para o nosso país e mostra novamente o valor das vacinas na proteção das pessoas de doenças perigosas. A rubéola é a terceira doença possível de prevenir com vacinação que eliminamos no país, depois da varíola [erradicada mundialmente em 1980] e a poliomielite [eliminada na Europa em 2022]", celebrou o Instituto Superior de Saúde (ISS).
A nota diz ainda que o termo "eliminação" significa "interrupção da transmissão endêmica de uma doença em uma determinada área geográfica por um período de ao menos 12 meses, diante de um sistema de supervisão eficiente".
No entanto, para declarar a eliminação formalmente, é preciso uma documentação de interrupção da transmissão por 36 meses.
O ISS também ressalvou que ainda existe a possibilidade de que a doença seja introduzida no país por pacientes de outras regiões.
"Até que a doença seja erradicada, é fundamental continuar a vacinação contra a rubéola, e é particularmente importante para as mulheres em idade fértil que conheçam a própria situação imunológica antes de engravidar", diz o comunicado.
A rubéola é uma doença contagiosa causada por um vírus de RNA. Normalmente, a infecção é leve (de 25% a 50% dos casos são assintomáticos), mas, se contraída durante a gravidez, pode provocar aborto espontâneo, morte fetal e anomalias congênitas.
A transmissão acontece através de gotículas transportadas pelo ar e não há tratamento específico. (ANSA).