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Estudo italiano investiga relação entre câncer em humanos e cães

Pode haver fatores ambientais em comum, segundo especialistas

Cachorro passeia em Budapeste

Redazione Ansa

(ANSA) - Um estudo apresentado nesta quinta-feira (11) no Instituto Nacional de Estudo e Tratamento do Câncer Fundação Giovanni Pascale, em Nápoles, busca coletar dados e informações úteis sobre os potenciais fatores ambientais de risco para o câncer na população canina e humana.

A proposta da “Investigação de Oncoepidemiologia Comparativa" é buscar uma possível correlação entre o ambiente e tumores em cães e pessoas.

O estudo é promovido pelo Instituto e pelo Departamento de Medicina Veterinária e Produção Animal da Universidade Federico II. 

O projeto, conforme destacado em um comunicado, tem como objetivo investigar fatores como a exposição a pesticidas, toxinas, metais pesados e fumo passivo de tabaco.

"O ambiente está cada vez mais envolvido na origem do câncer, mesmo que a associação entre câncer e ambiente não seja exclusiva, já que esta doença é multifatorial e dependente de outras variáveis. O compartilhamento de espaços e ambientes entre as espécies canina e humana resulta na exposição aos mesmos poluentes ambientais”, afirma o diretor científico do polo oncológico, Alfredo Budillon.

A investigação consiste em um questionário online de participação voluntária e completamente anônimo, dirigido a todos que possuem ou possuíram um cachorro. 

Podem participar tanto os donos cujos cães (atualmente ou no passado) tenham sido afetados por câncer, quanto pessoas com câncer que tenham um animal de estimação na família. 

O questionário pode ser baixado no site da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Queensland, parceira do projeto.

"A neoplasia no cão e no homem em muitas circunstâncias se caracteriza pela mesma manifestação clínica, potencial metastático e instabilidade genômica. Se conseguirmos entender que tipo de exposições estão diretamente envolvidas no mecanismo de carcinogênese em cães, então podemos aplicar medidas de prevenção e triagem tanto neles quanto nos humanos”, diz Orlando Paciello, professor de Anatomia Patológica.

 (ANSA).
   

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