(ANSA) - "Se há 80 milhões de descendentes de italianos no mundo, seria suficiente trazer de volta menos de um terço deles para resolver o despovoamento das nossas belas aldeias e restaurar a força vital. Devemos dar aos jovens a oportunidade de regressar a estes lugares, mesmo os pequenos e pouco conhecidos, que são maravilhosos e contêm lugares bonitos. Estou pensando, por exemplo, em um lugar como Possagno, que foi o berço de Canova, maravilhoso e desconhecido".
A declaração foi dada por Beppe Convertini, ator, apresentador da Rai e autor do livro "Meus países. Viajando com a Linea Verde para descobrir as tradições da Itália", publicado pela Rai Libri e inspirado em seu programa, durante seu discurso no "Roots-In", bolsa internacional de turismo de raízes.
"A Itália é beleza em cada canto, naquilo que vemos, respiramos, comemos. Devemos ter orgulho de ser italianos, não pensar que a grama é sempre mais verde do outro lado. Nós vivemos no lugar que o mundo inteiro gostaria de visitar, imagine se os 'oriundi' não querem voltar", acrescentou. Convertini explicou que é preciso apego à própria terra, e talvez os jovens, também devido à pandemia que os manteve trancados em apartamentos urbanos, estejam "redescobrindo a beleza de viver nas aldeias onde nasceram e talvez em se tornar agricultores".
"O governo, acredito, está fazendo muito, devemos estar todos unidos, agora não devemos ter mais batalhas, o turismo é bom para a Itália. Falta o sentimento patriótico, devemos acreditar na nossa Itália, não deveríamos sentir pena de nós mesmos. Temos uma riqueza de beleza que abrange tudo. Na verdade, precisamos proteger a Itália e sua fragilidade, também do ponto de vista hidrogeológico", concluiu ele. (ANSA)
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