(ANSA) - Por Ida Bini - Viajar para descobrir os mais belos vilarejos da Basilicata é como dar um salto na história antiga, um mergulho nas tradições e ritos populares, uma imersão na natureza mais exuberante entre parques e dunas, riachos e trilhas. Confira uma pequena seleção de aldeias para visitar, deixando-se encantar pelas casas de pedra encimadas por castelos e emolduradas por montanhas e colinas ou voltadas ao mar.
O passeio começa em Acerenza, antigo vilarejo com uma posição estratégica em uma colina no coração do território lucano. No centro histórico, ergue-se a imponente catedral de Santa Maria Assunta, uma obra-prima românica com belos afrescos. Saindo da Igreja Matriz, caminha-se pelas ruelas até os palácios do século 18 de Gala e Curia Vecchia; este último ocupa uma parte do antigo castelo.
Aninhada entre as Dolomitas Lucanas, a aldeia de Castelmezzano é um esplêndido cartão postal e um dos lugares mais característicos da região. À noite, com as luzes acesas perto das montanhas rochosas, é ainda mais comovente.
Imperdível, mas apenas para os mais corajosos, é a experiência do Vôo do Anjo: preso a um resistente cabo de aço, você voa pela vila até a cidade vizinha de Pietrapertosa, que também pode ser facilmente alcançada de carro.
O vilarejo é o mais alto da Basilicata, no coração do Parque das Dolomitas Lucanas, entre imponentes rochas de arenito de onde deriva a origem do seu nome, que significa "pedra perfurada". Na aldeia, merecem uma visita o castelo normando com suas muralhas, ambientes escavados na rocha e a Igreja Matriz, com afrescos do século 18.
Já Lagonegro é uma pequena vila medieval com ruas estreitas e íngremes; segundo a lenda, Mona Lisa, a icônica protagonista da pintura de Leonardo da Vinci, hoje sepultada na igreja de San Nicola, viveu aqui os últimos anos de sua vida. A vila também é conhecida pela produção artesanal de relógios de torre, exportados para todo o mundo.
Rivello, por sua vez, espalhada por três colinas, é uma vila de artesãos: relojoeiros, ourives, latoeiros e curtidores de couro fizeram a história da cidade. Mas Rivello é famosa sobretudo porque no inverno, coberta de neve, parece um presépio: as luzes iluminando a brancura da neve foram um cartão-postal evocativo e único. Além disso, a pequena aldeia abriga mais de 20 igrejas: a da Annunziata, a Capela de Santa Bárbara e o convento de Sant'Antonio merecem uma visita.
A maior parte das casas de Satriano di Lucania é coberta de murais: após o terremoto de 1980, para reconstruir a aldeia decidiu-se criar pinturas para embelezar as habitações. Além de um passeio pelas ruelas, é agradável entrar no antigo castelo do século 17 e na igreja matriz, reconstruída na década de 1950, mas que ainda mantém intacto o antigo campanário.
Guardia Perticara é uma pequena aldeia de pedra onde as ruelas estreitas dão para casas antigas, portais, degraus, arcos e varandas, todos estritamente feitos de pedra e que dominam uma paisagem estupenda. Vale a pena visitar a igreja de San Nicolò Magno e admirar o panorama de todo o vale do riacho Sauro desde o topo da colina onde se encontra a Casa Sasso, o antigo castelo da vila.
No coração de Vulture, na zona norte da Basilicata, Venosa é uma aldeia que combina história, arte e cultura no encantador castelo aragonês que abriga o Museu Nacional. Vale a pena visitar a inacabada igreja beneditina, obra-prima artística de Venosa, e o Parque Arqueológico, museu ao ar livre onde é possível admirar antigas termas romanas, restos de vilas, catacumbas, tumbas subterrâneas e um estupendo anfiteatro.
Já aldeia de Aliano está ligada à obra-prima literária de Carlo Levi, "Cristo parou em Eboli", ambientado justamente entre as suas casas. Aqui, o escritor passou parte de seu confinamento e ficou tão impressionado que pediu para ser enterrado ali após sua morte. O museu histórico que leva seu nome abriga importantes testemunhos que traçam sua história.
Melfi, por sua vez, é famosa sobretudo pelo castelo de origem medieval, um dos símbolos mais conhecidos da Basilicata, construído durante o período normando, mas que sofreu várias modificações nas épocas angevina e aragonesa.
As famosas Constituições de Melfi foram promulgadas dentro dos seus muros. No centro histórico, é possível visitar a Catedral de Santa Maria Assunta, construída em 1076, e a igreja de Sant'Antonio, datada de 1423.
Também são sugestivas as igrejas rupestres encontradas nos arredores, como a de Santa Margherita, datadas de 1200, e a da Madonna delle Spinelle, descoberta em 1845. Hoje apenas a capela hexagonal, com seis semicolunas sustentando uma cornija, pode ser visitada. Também vale a pena admirar a igreja de Santa Lúcia com belos afrescos do século 13. (ANSA)
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