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Meloni quer mais mulheres em cargos de liderança

Premiê falou sobre política e economia em evento em Roma

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, fez um discurso em defesa da presença feminina em altos cargos na política e na sociedade na inauguração da Sala das Mulheres, dentro do prédio da Câmara dos Deputados, em Roma, nesta terça-feira (7).

"Tudo que fiz na minha vida, muitos apostaram no meu fracasso. É por que eu sou mulher? Para mim, provavelmente, sim. Mas falo isso para dar uma boa notícia a vocês: para as mulheres dessa nação, quero dizer que o fato de sermos subavaliadas é uma grande vantagem porque eles não veem você chegar", disse aos presentes.

Segundo Meloni, um dos seus maiores desafios de seu governo "é quando teremos uma primeira CEO em uma empresa estatal" e que esse "é um objetivo que coloquei para mim". "Digo isso às vésperas de escolhas importantes. O verdadeiro teto de vidro não se rompe só chegando aqui, mas demonstrando que se pode fazer muito bem, não digo melhor, mas muito bem feito", acrescentou.

"Lembro dos olhares quase divertidos de muitos colegas na primeira vez que sentei no local mais alto da Câmara [como vice-presidente], aquele ar de 'agora vamos nos divertir'. [...] Vi os mesmos olhares quando virei a primeira presidente mulher de uma organização jovem de direita, quando me tornei a ministra mais jovem da história da Itália, quando fundei um partido e até há alguns meses, quando, com 30 anos de experiência nas costas, virei presidente do Conselho [de Ministros]", concluiu.

Na Sala das Mulheres, a imagem de Meloni como premiê foi adicionada e ela afirmou que o próximo passo será ter uma presidente da República. "Não há mais cargos em que as mulheres são pré-excluídas. Hoje removemos um espelho e substituímos por uma foto. Mas, tem outro espelho que podemos remover e esse momento não está tão longe quanto parece", pontuou ainda.

A líder do partido de ultradireita Irmãos da Itália (FdI) é a primeira a ocupar o cargo de primeira-ministra. Já a presidência italiana só foi ocupada por homens até hoje. (ANSA).
   

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