(ANSA) - Subiu para 72 o número de mortos no naufrágio de um barco de migrantes e refugiados na costa de Cutro, no sul da Itália.
O balanço atualizado foi revelado nesta terça-feira (7) pelo ministro do Interior, Matteo Piantedosi, em uma audiência na Câmara dos Deputados sobre a tragédia de 26 de fevereiro.
"As atualizações da Prefeitura da Província de Crotone levam o número de vítimas a 72, incluindo 28 menores de idade, enquanto os sobreviventes são 80", declarou Piantedosi, acrescentando que os dados ainda não são definitivos.
Horas antes, a Guarda Costeira havia recuperado o corpo de uma menina de apenas três anos de idade, enquanto aviões, navios, mergulhadores e drones seguem empenhados na busca pelos mais de 40 desaparecidos.
De acordo com o ministro do Interior, três supostos "coiotes" da viagem foram presos.
Esse é um dos piores desastres dos últimos anos no Mediterrâneo e ocorreu em um trecho do mar que não costuma ser monitorado pelas ONGs humanitárias que atuam na região, geralmente concentradas na rota entre o norte da África e o sul da Itália.
O barco naufragado havia partido da Turquia, embora a quase totalidade das embarcações de migrantes que chegam na Itália seja originária da Líbia ou da Tunísia.
O país europeu já recebeu 14.639 migrantes forçados via Mediterrâneo em 2023, quase o triplo do número registrado no mesmo período do ano passado.
A Frontex, agência da União Europeia para controle de fronteiras, disse que havia alertado as autoridades italianas sobre a presença do barco em 25 de fevereiro, horas antes da tragédia, mas o governo de Giorgia Meloni alega que o órgão da UE não avisara que a embarcação estava em perigo. (ANSA)
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