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Itália e Países Baixos pedem que UE atue contra tráfico de pessoas

Meloni e Rutte se reuniram em Roma e também defenderam Ucrânia

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu nesta quarta-feira (8) com seu homólogo holandês, Mark Rutte, e ambos cobraram que a União Europeia faça mais para combater o tráfico de pessoas.

Os dois políticos mencionaram a tragédia ocorrida em Cutro, no dia 26 de fevereiro, quando ao menos 72 pessoas morreram em uma embarcação irregular. Cerca de 40 pessoas ainda estão desaparecidas e 80 foram salvas.

"Sobre um dos temas mais complicados, o das migrações, com Rutte discutimos no último Conselho Europeu de maneira muito pragmática e até talvez com uma visão comum de que a questão migratória deve ser enfrentada partindo da defesa das fronteiras externas e da luta contra os traficantes, tema que quando se foca na Itália é ainda mais relevante após a tragédia de Cutro", disse Meloni aos jornalistas.

A premiê italiana voltou a dizer que esse é um "problema europeu" e que deve ser enfrentado de maneira conjunta pelos países-membros do bloco.

Rutte seguiu na mesma linha e disse que a questão dos fluxos migratórios "pede uma abordagem europeia eficiente".

"Esse terrível naufrágio da última semana, com dezenas de pessoas que morreram afogadas, demonstram amplamente a urgência de prevenir esse tipo de tragédia, de precisar ter uma luta unida contra os traficantes de seres humanos. Precisamos destruir esse negócio desumano. Precisamos harmonizar as políticas de vistos e sermos mais presentes na África. Precisamos ver o que temos ainda que fazer pra fechar os acordos", afirmou o holandês sobre as negociações em andamento do Pacto sobre Migrações e Asilo.

Ucrânia

Os dois líderes ainda reforçaram a postura de apoio incondicional à Ucrânia em meio à invasão russa, iniciada em fevereiro do ano passado.

"Conversamos sobre a guerra de agressão russa na Ucrânia e somos dois países na primeira fila do apoio à Ucrânia. Estamos absolutamente do mesmo lado e discutimos como implementar e coordenar ainda mais a nossa assistência à Ucrânia - que continuará tanto no nível bilateral e multilateral e também em 360°", pontuou Meloni.

Por sua vez, Rutte afirmou ter "grande admiração pela responsabilidade" que os italianos estão tendo em apoiar Kiev "agora e no longo prazo". A fala refere-se ao fato de que houve uma mudança importante no governo, com a saída de Mario Draghi - sustentado por uma ampla coalizão - e a chegada de Meloni, com um bloco de direita.

"Nós estamos dando uma mensagem única, que na Europa nós estamos unidos. A Ucrânia deve vencer e a Rússia deve perder. Seja para nós ou para a nossa segurança", pontuou. (ANSA).
   

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