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Meloni diz que Conselho UE 'deu passos adiante' sobre migrações

Premiê falou com jornalistas ao fim da reunião europeia

Reunião do Conselho Europeu foi encerrada nesta sexta em Bruxelas

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta sexta-feira (24) que seu país "pode se dizer muito satisfeito" com as conclusões do Conselho Europeu e que houve "passos adiante" na questão das migrações.

"Houve uma mudança de passo no último Conselho e essa questão agora permanece como uma prioridade entre os objetivos da UE [com] a verificação da implementação dos resultados no próximo Conselho Europeu. Isso demonstra que não se trata de um objetivo ou iniciativa singular. Trabalharemos na concretude dos resultados que me parecem bons e demonstram a boa-fé em enfrentar esse tema", pontuou aos jornalistas ao fim das reuniões.

A questão dos fluxos migratórios era considerada um dos pilares das demandas italianas na reunião dos líderes europeus e também é uma bandeira da campanha que levou Meloni ao poder no país.

Meloni foi questionada sobre o longo encontro que teve com o presidente francês, Emmanuel Macron, no fim da noite desta quinta-feira (23), e ressaltou que está "satisfeita" com a reunião bilateral.

"Foi um encontro longo e amplo no cenário e na situação da frente geopolítica. Há vontade de colaborar", ressaltou. Mais cedo, o francês havia dito que a conversa tinha sido "esclarecedora" sobre vários pontos.

A premiê italiana também foi questionada sobre as discussões sobre combustíveis renováveis e fósseis, que vem causando bastante atrito entre os maiores países do bloco e Bruxelas.

Para Meloni, as discussões sobre "os biocombustíveis ainda não estão perdidas" e que seu país e outros estão "demonstrando como também os biocombustíveis respeitam as emissões zero - e se uma tecnologia atinge essas metas, ela deve ser utilizada".

Alvo de críticas da oposição, Meloni rechaçou que haja "algum risco" que a União Europeia não libere a terceira parcela do fundo europeu para o Programa Nacional de Retomada e Resiliência (PNRR).

"Há um trabalho muito sério, colaborativo. Nós herdamos uma situação que pedia para trabalharmos muito rapidamente e é isso que estamos fazendo com a Comissão. Falei agora com Ursula von der Leyen e me parece que a Comissão admira muito o trabalho sério da Itália", acrescentou.

Essa terceira parcela é no valor de 19 bilhões de euros e se soma às duas anteriores de 24,9 bilhões, enviadas em agosto de 2021, e de 21 bilhões, em novembro de 2022. Ao todo, o país receberá 191,5 bilhões de euros da UE até 2026 e usará o dinheiro para bancar 190 projetos, incluindo 132 investimentos e 58 reformas estruturais. (ANSA).
   

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