(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, participou nesta quarta-feira (5) de uma celebração ao 14º aniversário do terremoto que devastou a cidade de L'Aquila, capital de Abruzzo, na região central do país, e deixou 309 mortos em 2009.
Neste ano, a tradicional procissão em homenagem às vítimas da tragédia, que habitualmente reúne milhares de pessoas, será retomada e acontecerá após uma missa.
"Acho a cidade muito orgulhosa, uma cidade resiliente que dá exemplo antes de reclamar, então também tem o que reclamar, muitas vezes sobre política. Esta é uma cidade da qual há muito a aprender", declarou ela.
Durante as celebrações, a premiê italiana disse que uma simplificação semelhante à usada na implementação do Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (PNRR) ajudaria a reconstrução, que ainda está muito atrasada.
"Há uma questão de simplificação, a reconstrução pública terá os mesmos processos de simplificados que terá por exemplo o PNRR, então ainda há trabalho a ser feito e estamos trabalhando nisso", disse ela, antes da missa em memória das vítimas.
Meloni prometeu que cortar a burocracia ajudaria finalmente a acelerar os esforços para reconstruir L'Aquila, que ainda é um canteiro de obras ao ar livre, e outras cidades destruídas pelo terremoto.
"É uma área que foi fortemente afetada, que teve capacidade e força para se levantar e fazer o possível para se reerguer. Hoje continuamos a fazer esse trabalho, os sinais foram dados e são muito importantes", acrescentou a premiê, anunciando que o governo incluiu 70 milhões de euros em lei orçamental "porque é preciso fazer mais na reconstrução pública".
Hoje, o memorial "Oltre 6.3" foi criado pela Academia de Belas Artes de L'Aquila por encomenda da administração municipal de L'Aquila e de um projeto do professor de decoração Franco Fiorillo. Sua inauguração na entrada da Piazzale Paoli marcou a abertura das celebrações em memória das vítimas do terremoto.
Ocorrido no dia 6 de abril de 2009, o sismo teve magnitude 6.3 na escala Richter e deixou 309 mortos, 1,6 mil feridos e dezenas de milhares de desabrigados. Até hoje, o município de 70 mil habitantes não foi totalmente reconstruído, e as obras só devem terminar em 2022.
Na ocasião, o sismo foi sentido em diversas cidades das regiões de Abruzzo, Lazio, Marche e Úmbria. Os eventos em memória das vítimas sempre acontecem de madrugada, já que o terremoto principal foi deflagrado às 3h32, quando a maioria dos habitantes da cidade estava dormindo, fazendo com que muitos não tivessem tempo de escapar. (ANSA).