(ANSA) - A Justiça da França absolveu a companhia aérea Air France e a fabricante de aviões Airbus pela tragédia do voo 447, que matou 228 pessoas na rota entre Rio de Janeiro e Paris em 2009.
O Tribunal de Paris considerou que as duas empresas cometeram "falhas", mas destacou que não é possível comprovar "qualquer vínculo de causalidade" com o acidente.
O avião da Air France caiu no Oceano Atlântico em 1º de junho de 2009, e todos os 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo morreram, incluindo 61 franceses, 58 brasileiros e nove italianos.
Esse é o acidente mais mortal da história da aviação civil francesa, e tanto a Air France quanto a Airbus respondiam por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Segundo Danièle Lamy, presidente de uma associação que representa familiares das vítimas, o veredito "culpa exclusivamente os pilotos" em benefício das multinacionais.
As investigações determinaram que o desastre foi provocado pelo congelamento de sensores de velocidade chamados "tubos de Pitot" durante uma tempestade sobre o Atlântico. Com isso, os dispositivos deram informações incorretas aos pilotos e levaram o avião a perder sustentação.
De acordo com o Tribunal de Paris, a Airbus e a Air France cometeram imprudências ao não substituir as sondas, que já haviam apresentado problemas em outros voos, e ao não informar corretamente os pilotos sobre as possíveis falhas.
No entanto, a corte destacou que isso não é suficiente para configurar homicídio culposo. (ANSA)
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