(ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, anunciou nesta segunda-feira (24) que o governo fechou a embaixada do país em Cartum, capital do Sudão, por conta dos intensos conflitos que ocorrem no local há mais de uma semana.
"Tudo foi feito da melhor maneira. [Os italianos] foram colocados em segurança. A nossa embaixada foi fechada e muito provavelmente a deslocaremos de maneira temporária para a Etiópia ou Egito", disse Tajani ao "TG3".
O anúncio vem após a Itália evacuar 105 cidadãos que estavam no país em conflito e que foram levados para Djibouti. Entre os que foram retirados, está o embaixador no país, Michele Tommasi, e pessoal diplomático.
Ainda conforme a nota da Farnesina, permanecerão no Sudão apenas alguns voluntários e missionários italianos que não quiseram deixar a nação.
O país africano vive uma onda de combates entre as forças de segurança do governo, liderado pelo general Abdel Fatah al-Burhan, que tomou o poder após um golpe no ano passado, e as chamadas Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), uma organização paramilitar que rompeu com o atual líder do país e é comandada por Mohamed Hamdan Degalo (também conhecido como Hemedti).
Segundo o último boletim divulgado pelos sudaneses, 427 mortes já foram confirmadas entre civis, militares e rebeldes e mais de 3,7 mil pessoas foram feridas. (ANSA).