(ANSA) - O primeiro avião com dezenas de cidadãos italianos que foram evacuados do Sudão aterrissou nesta segunda-feira (24) no aeroporto de Ciampino, em Roma.
A aeronave procedente de Djibouti, no Chifre da África, com 96 pessoas a bordo foi recebida pelo ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani. O grupo deixou o país em meio a uma grave crise política, que já dura há mais de uma semana, com conflitos entre o Exército e paramilitares.
"A operação foi planejada perfeitamente e estamos felizes por estar de volta. A coordenação em vários níveis foi perfeita, estive em contato com o ministro Tajani todos os dias. Agora estamos um pouco cansados", afirmou o embaixador da Itália no Sudão, Michele Tommasi, o primeiro a sair do avião.
De acordo com o diplomata, "a situação que deixamos no Sudão é crítica" e "houve tiroteios de combate".
Fontes no Sudão revelaram à ANSA que um novo avião transportando "os últimos italianos" está decolando do aeroporto militar de Cartum.
Trégua -
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou nesta segunda-feira (24) que os generais em guerra no Sudão concordaram com um cessar-fogo de três dias a partir da meia-noite de hoje, após ofertas anteriores para encerrar o conflito que falharam rapidamente.
"Após intensas negociações nas últimas 48 horas, as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Forças de Apoio Rápido (RSF) concordaram em implementar um cessar-fogo nacional efetivo a partir da meia-noite de 24 de abril, com duração de 72 horas", disse Blinken em um comunicado.