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Prefeito de Kramatorsk pede por mais 'armas ocidentais'

Cidade virou 'capital' da região de Donetsk do lado ucraniano

Kramatorsk também é alvo de ataques russos

Redazione Ansa

(ANSA) - O prefeito da cidade ucraniana de Kramatorsk, Oleksandr Honcharenko, afirmou em entrevista à ANSA nesta segunda-feira (24) que seu país ainda tem necessidade de mais armas ocidentais para se defender dos ataques da Rússia.

"Não posso falar do ponto de vista militar, mas do meu ponto de vista, que Kramatorsk não será uma nova Bakhmut. Todavia, o risco para nossos cidadãos está aumentando porque estão aumentando os ataques. Acredito que, com a ajuda das armas ocidentais, nossos soldados resistirão e espero que os russos regridam e liberem a área. Por isso, temos necessidades e não podemos proteger essa área dos tanques apenas com fuzis e armas automáticas. As armas chegam, mas precisamos de mais para parar os russos", disse o líder.

Kramatorsk tornou-se a "capital" da região de Donetsk em 2014 após parte do território ter sido tomado por separatistas pró-Rússia e por tropas do país vizinho. Já Bakhmut, citada por Honcharenko, é o atual palco mais sangrento da guerra, com cerca de 90% de toda a sua infraestrutura destruída e um número não conhecido de mortos - estimativas apontam milhares de vítimas.

"As forças armadas estão defendendo e controlando Bakhmut desde setembro do ano passado, mais de seis meses. Nós esperamos que os russos parem ali porque a Presidência, assim como nós na administração, estamos conscientes que as próximas cidades podem Konstantinovka, Chasiv Yar, Druzivka, Kramatorsk e Sloviansk.

Para evitar essa possibilidade, eles devem continuar a fazer o seu trabalho", acrescentou à ANSA.

Citando o feriado desta terça-feira (25) na Itália, quando o país celebra a libertação do nazifascismo, o prefeito diz que "está convicto" que a Ucrânia também terá um dia de celebração após sua vitória contra os "fascistas russos".

"Quero ainda agradecer ao povo italiano por seu apoio, como parte da UE e individualmente. Sem as armas ocidentais seria impossível para nós vencer os russos nessa guerra", finalizou. (ANSA).
   

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