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Messina Denaro diz que é 'agricultor', 'apátrida' e alheio à máfia

Líder mafioso foi detido após 30 anos foragido

Mafioso foi detido após 30 anos foragido

Redazione Ansa

(ANSA) - O mafioso italiano Matteo Messina Denaro, detido após 30 anos foragido, declarou que é um agricultor apátrida", de acordo com um documento divulgado nesta terça-feira (9).

"Me chamo Matteo Messina Denaro, trabalhei no campo e fui um agricultor. Não estou mais registrado porque a prefeitura me cancelou. Agora sou um apátrida", disse o chefe da máfia Cosa Nostra durante interrogatório feito em 21 de fevereiro pelas autoridades italianas.

Questionado sobre sua situação econômica, Messina Denaro, que era o homem mais procurado da Itália até ser encontrado em uma clínica em Palermo no dia 16 de janeiro, disse que "não faltava nada".

"Eu tinha bens patrimoniais, mas vocês tiraram tudo de mim. Não vou dizer se ainda tenho alguma coisa, não sou estúpido", acrescentou ele ao juiz de instrução preliminar Alfredo Montalto e ao promotor Gianluca De Leo no âmbito do processo criminal em que o mafioso responde por extorsão agravada.

Messina Denaro foi condenado à prisão perpétua à revelia por seu envolvimento em dezenas de mortes, incluindo os atentados de 1992 que mataram os juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, e o assassinato de Giuseppe Di Matteo, filho de 12 anos de um mafioso que se tornou testemunha de Estado e que foi estrangulado e dissolvido em ácido em 1996, além de ataques a bomba em locais de arte e religiosos em Milão, Florença e Roma em 1993.

Durante o depoimento, o mafioso também negou fazer parte de "qualquer associação" e pertencer à máfia siciliana. "Tudo o que sei sobre a Cosa Nostra sei graças aos jornais", afirmou.

Além disso, ele se recusou a ter apelidos, embora se saiba que era conhecido como "Diabolik" ou "U Siccu" em meio aos mafiosos.

Messina Denaro foi detido em 16 de janeiro no hospital La Maddalena quando aguardava por mais uma sessão de quimioterapia para tratar seu câncer. Desde então, diversas pessoas estão sendo investigadas por ajudar na fuga do mafioso e três esconderijos em Campobello já foram localizados. (ANSA).
   

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