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Eleição presidencial na Turquia caminha para segundo turno

Kemal Kilicdaroglu e Recep Tayyip Erdogan devem se desafiar em segundo turno em 28 de maio

Redazione Ansa

(ANSA) - As eleições presidenciais na Turquia, que arriscam encerrar o domínio de duas décadas do mandatário Recep Tayyip Erdogan, caminham para um segundo turno em 28 de maio com o candidato de oposição Kemal Kilicdaroglu.

Com 94,66% das urnas apuradas, Erdogan tinha 49,6% dos votos, contra 44,7% de seu principal adversário, segundo a contagem exibida pelo jornal Hurriyet. Em seguida aparecem Sinan Ogan e Muharrem Ince, com 5,3% e 0,4%, respectivamente.

Para ser eleito presidente em primeiro turno, um postulante precisa obter 50% dos votos mais um, e o percentual de Erdogan vem caindo conforme o avançar da apuração.

Nas eleições legislativas, a coligação ligada ao presidente aparece com 49,7% dos votos, contra 34,9% da aliança que apoia Kilicdaroglu.

O opositor, no entanto, denunciou uma farsa na contagem oficial. "Estamos na frente, não vamos dormir nesta noite", garantiu o desafiante. Segundo forças de oposição, a agência de notícias oficial Anadolu manipulou a divulgação dos resultados, dando mais peso inicial às áreas onde Erdogan estava em vantagem.

Kilicdaroglu, líder do Partido Republicano do Povo (CHP), legenda secular de centro-esquerda, triunfou em boa parte do sudeste do país, de maioria curda, e em grandes metrópoles, como Istambul e a capital Ancara.

Já Erdogan reafirmou sua força nas regiões do centro da Turquia. A participação do eleitorado correspondeu à expectativa pelo pleito, com índice de afluência de quase 90%.

Grandes filas foram registradas por todo o país, com partidários de Erdogan convencidos a renovar sua confiança em um líder que está no poder desde 2003, primeiro como premiê e depois como presidente, e opositores para quem a votação representava uma questão de vida ou morte.

Durante o dia, Erdogan disse esperar que o pleito seja "benéfico para a democracia turca", enquanto Kilicdaroglu afirmou que a "primavera" vai retornar à Turquia" e "durará para sempre". (ANSA)

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