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Eleição na Turquia terá 2º turno com Erdogan na frente

Presidente tem menos de 5 pontos de vantagem sobre Kilicdaroglu

Kemal Kilicdaroglu e Recep Tayyip Erdogan se enfrentarão nas urnas em 28 de maio

Redazione Ansa

(ANSA) - Em meio a uma disputa acirrada, as eleições presidenciais na Turquia terão um segundo turno em 28 de maio, com o mandatário Recep Tayyip Erdogan, no poder há 20 anos, com uma pequena vantagem sobre o candidato de oposição Kemal Kilicdaroglu.

Com 99,87% das urnas apuradas, Erdogan tinha 49,5% dos votos, contra 44,89% de seu principal adversário. Em seguida aparecem Sinan Ogan e Muharrem Ince, com 5,17% e 0,44%, respectivamente.

Para ser eleito presidente em primeiro turno, um postulante precisava obter 50% dos votos mais um. Nas eleições legislativas, a coligação ligada ao presidente aparece com 49,4% dos votos, contra 35,1% da aliança que apoia Kilicdaroglu.

"Estamos claramente na frente", comemorou Erdogan em discurso para apoiadores na capital Ancara. "Se o povo nos levar ao segundo turno, o respeitaremos", garantiu o presidente.

Kilicdaroglu, por sua vez, assegurou que vai sair vitorioso em 28 de maio. "Erdogan não conseguiu o resultado que esperava apesar de todos os insultos. A necessidade de mudança na sociedade é superior a 50%", disse o opositor, acrescentando que só sua vitória poderá "instaurar a democracia neste país".

Ao longo do domingo (14), forças de oposição denunciaram que a agência de notícias oficial Anadolu manipulou a divulgação dos resultados, dando mais peso inicial às áreas onde Erdogan estava em vantagem.

Kilicdaroglu, líder do Partido Republicano do Povo (CHP), legenda secular de centro-esquerda, triunfou em boa parte do sudeste do país, de maioria curda, e em metrópoles como Istambul e Ancara.

Já Erdogan, do conservador Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), reafirmou sua força nas regiões centrais da Turquia. A participação do eleitorado correspondeu à expectativa pelo pleito, com índice de afluência de quase 90%.

"A elevada participação é uma ótima notícia porque mostra que o povo quer exercer seu próprio direito democrático. Vamos esperar o segundo turno", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. (ANSA)

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