(ANSA) - O cônsul-geral do Brasil em Milão, Hadil da Rocha-Vianna, escreveu ao prefeito da cidade, Giuseppe Sala, para pedir esclarecimentos sobre as agressões da polícia municipal contra uma mulher transexual brasileira na semana passada.
O crime ocorreu diante da biblioteca da Universidade Bocconi, e os vídeos do episódio provocaram indignação no país. Nas imagens, é possível ver os policiais atacando a brasileira com chutes e golpes de cassetete, inclusive na cabeça, embora ela estivesse no chão e desarmada.
Em sua carta, o cônsul cobra "medidas necessárias para esclarecer definitivamente" o caso, punir "justamente os responsáveis" e "evitar a repetição de tais atos de violência".
Além disso, Rocha-Vianna repudiou as agressões contra a transexual, identificada apenas pelo nome social "Bruna".
"À luz dos princípios e valores reconhecidos em nível internacional e que guiam a proteção dos direitos humanos, em especial do movimento LGBTQIA+, o governo e a sociedade brasileira lamentam profundamente esse episódio inaceitável", declarou.
O cônsul também disse que está disposto a colaborar com a Prefeitura de Milão para "assegurar o tratamento adequado de cidadãos brasileiros em situação de indigência, em especial na comunidade LGBTQIA+".
O Ministério Público de Milão já abriu um inquérito contra três agentes da polícia local por lesões com agravante de abuso de poder, e os envolvidos no caso também são alvos de um procedimento disciplinar por parte da prefeitura. (ANSA)
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