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Homem que matou modelo a marteladas na Itália pega 30 anos

Crime teria ocorrido durante 'jogo erótico' que deu errado

Carol Maltesi foi brutalmente assassinada em janeiro de 2022

Redazione Ansa

(ANSA) - Um tribunal do norte da Itália condenou nesta segunda-feira (12) o assassino de Carol Maltesi, jovem assassinada em janeiro de 2022 durante um suposto "jogo erótico", a 30 anos de cadeia.

A sentença contra Davide Fontana, 44, foi pronunciada pela Corte de Busto Arsizio, na província de Varese, após sete horas de deliberação e excluiu os agravantes de premeditação, motivos abjetos e tortura.

O Ministério Público pedia a condenação do réu confesso à prisão perpétua. "É uma vergonha, esperávamos a prisão perpétua. Daqui a 13 anos, ele poderá sair da cadeia e refazer a vida, enquanto minha sobrinha, morta aos 26, não voltará mais", disse Anna, tia da vítima, após a sentença.

O homicídio ocorreu na cidade de Rescaldina, província de Milão, e Fontana foi preso em março de 2022.

Maltesi também era conhecida pelo nome artístico "Charlotte Angie" e, segundo o relato do assassino, foi morta a marteladas durante um suposto "jogo erótico" realizado em seu próprio apartamento em Rescaldina.

Fontana contou à polícia que comprara um congelador para guardar o corpo da vítima, que mais tarde seria esquartejada e atirada em um penhasco no município de Borno, cerca de 150 quilômetros a nordeste de Rescaldina.

A verdade só veio à tona após o próprio assassino ter procurado uma delegacia em Milão para denunciar o desaparecimento da modelo, de quem ele era amigo e vizinho. No entanto, os investigadores detectaram uma série de inconsistências em seu relato e o convocaram para um novo depoimento, mas em uma delegacia da província de Brescia, onde acabou preso e confessando o crime.

Os restos mortais de Maltesi foram encontrados em 21 de março de 2022, escondidos dentro de sacos pretos, mas ainda não se sabia sua identidade, já que ninguém havia dado conta do desaparecimento da jovem.

De acordo com Fontana, ninguém procurou pela vítima nos dois meses posteriores ao homicídio. "Apenas sua mãe, com algumas mensagens no WhatsApp, e um ex-namorado, também com mensagens. Por telefone, ninguém", disse o homem, que chegou a pagar o aluguel da casa de Maltesi para não levantar suspeitas.

A vítima vivia em Milão, onde trabalhou como vendedora até abrir um perfil na rede social de conteúdo adulto OnlyFans, que serviu para aproximá-la do pornô profissional.

Mãe de um menino pequeno, ela se apresentava no Instagram como "artista" e "modelo" e, em 2020, publicou um vídeo por ocasião do Dia Mundial para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres pedindo sororidade.

"Para combater determinados preconceitos, nós mulheres precisamos ser as primeiras a nos apoiar. Não sou boa para falar de mim, mas é um tema que me é muito caro, e não apenas porque o vivi na minha vida pessoal. Fala-se muito de violência física contra as mulheres, mas também é importante falar daquela psicológica", disse.

Já Fontana tinha um blog de gastronomia e um perfil de fotografia no Instagram, onde postava imagens de mulheres em poses sensuais. Em 13 de março de 2022, ele chegou a publicar uma foto da própria Maltesi, que já estava morta havia dois meses. (ANSA)

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