(ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta segunda-feira (26) que a situação na Rússia é parte da disputa interna do sistema do país e o Ocidente não está envolvido com a rebelião deflagrada e depois abortada pelos mercenários do Grupo Wagner no último fim de semana.
Em discurso na Casa Branca, o democrata disse que convocou seus "aliados-chave" para discutir a crise e "ter certeza de não dar a Putin nenhuma desculpa para responsabilizar o Ocidente e a Otan por isso".
"Deixamos claro que não estávamos envolvidos. Não tivemos nada a ver, era um problema dentro do sistema russo", enfatizou ele, acrescentando que, para manter a coordenação, falará com os chefes de Estado, incluindo a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, para garantir que todos estejam de acordo.
Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, assim que o telefonema entre Biden e Meloni terminar, o governo americano emitirá um comunicado.
Biden disse ainda que entrará em contato com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, entre hoje ou amanhã e reforçou que os Estados Unidos continuarão a apoiar Kiev independentemente do que aconteça no território liderado por Vladimir Putin.
"É muito cedo para dizer para onde a situação está indo na Rússia", afirmou o líder norte-americano, lembrando que ordenou que sua equipe de segurança nacional monitorasse a situação.
O presidente dos EUA também descartou o envolvimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nos últimos eventos e criticou o governo russo por violar os direitos humanos e da dignidade ao torturar civis em meio ao conflito iniciado em fevereiro de 2022.
"A tortura destrói vidas, famílias e comunidades. E todos os dias muitas pessoas no mundo são submetidas a esta terrível violação dos direitos humanos e da dignidade. Na Ucrânia, vimos a brutalidade das forças russas. E dentro da Rússia há indícios de que a tortura em áreas de detenção é uma prática comum, inclusive contra ativistas e críticos das políticas governamentais", ressaltou.
De acordo com o líder norte-americano, a tortura é proibida em todos os lugares e em todos os momentos, principalmente porque "é ilegal, imoral e uma mancha em nossa consciência coletiva".
Hoje, o governo dos Estados Unidos também informou que anunciará ainda nesta semana um novo pacote de ajuda à Ucrânia. (ANSA)
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