(ANSA) - Em meio a onda de protesto contra a violência policial na França, pelo menos um manifestante morreu nesta sexta-feira (30) ao cair do telhado de uma loja em Petit-Quevilly, cidade no noroeste do país, e 250 ficaram feridos.
A tensão no país já dura três noites e barricadas foram montadas e diversos prédios públicos danificados. Além disso, carros foram incendiados e dezenas de pessoas foram detidas.
O estopim ocorreu após o assassinato de Nahel, um jovem de 17 anos baleado à queima-roupa por um policial na última terça-feira, em Nanterre, nos arredores de Paris.
Hoje, milhares de pessoas voltaram às ruas da capital francesa em um ato não autorizado e confrontos entre manifestantes e a polícia foram registrados. Já no centro de Marselha, danos e saques foram identificados no centro de Marselha, onde 42 prisões foram feitas até agora.
O agente suspeito de atirar em Nahel, jovem de origem argelina que dirigia um carro e tentou escapar de uma blitz, foi detido preventivamente.
O funeral do adolescente está marcado para amanhã em Nanterre. A expectativa é de que os protestos violentos terminem no final da "passeata pela paz" promovida pela mãe da vítima.
O presidente Emmanuel Macron pediu calma e apontou a morte do jovem como "inexplicável e indesculpável", mas ainda não declarou estado de emergência, como era esperado.
Pelo menos três cidades próximas à capital francesa decretaram toque de recolher noturno. "Não é porque não estamos em Estado de Emergência que não temos meios excepcionais. Esta noite, haverá meios excepcionais", afirmou o ministro do Interior, Gérald Darmanin, explicando que cerca de 45 mil policial foram mobilizados para tentar conter o caos.
Por sua vez, o vice-premiê e ministro de Infraestrutura da Itália, Matteo Salvini, criticou as cenas devastadoras registradas na França, palco de intensos protestos contra a violência policial.
"Estamos no Ocidente ou no inferno? Imagens devastadoras vêm da França", declarou o líder do partido ultranacionalista Liga em suas redes sociais, falando em “cenas e cenários intoleráveis em um país ocidental, no seio da sociedade europeia”.
Para ele, trata-se de "uma espiral de violência também alimentada pela esquerda habitual, extrema e covarde" que é "resultado de anos de erros e loucuras ideológicas em relação à imigração, especialmente islâmica, de permissividade judicial, de banlieues nas mãos de crime, de tolerância para comportamentos inaceitáveis". (ANSA)
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