(ANSA) - A França informou neste sábado (1°) que mais de 1,3 mil pessoas foram presas durante a quarta noite de protestos contra a violência policial no país.
O Ministério do Interior da França, chefiado por Gérald Darmanin, divulgou um comunicado informando que 406 detenções foram efetuadas somente na região de Paris.
Darmanin visitou Mantes-la-Jolie, no subúrbio parisiense, e afirmou que a onda de violência provocada pela morte do adolescente Nael durante uma blitz policial vem tendo uma intensidade menor.
"Não confundo os poucos milhares de delinquentes com a grande maioria do nossos compatriotas que vivem nos bairros populares", disse o político.
Patrick Jarry, prefeito de Nanterre, comentou em uma entrevista ao jornal Le Monde que a cidade, local do assassinato do jovem de 17 anos, está vivendo um momento "particularmente dramático".
Diversos municípios franceses registraram confrontos entre forças de ordem e manifestantes. Além disso, muitos estabelecimentos, como lojas de roupas, joalherias e óticas, foram saqueados durante os protestos.
O presidente da França, Emmanuel Macron, não decretou estado de emergência, como muitos aguardavam, mas pediu para que as famílias dos jovens que participam dos atos violentos tentem os manter em casa nos próximos dias.
As autoridades seguem em alerta, principalmente em razão do funeral de Nael, previsto para acontecer hoje em Nanterre. (ANSA).