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Pesquisador libertado no Egito espera retornar à Itália em breve

Redazione Ansa

(ANSA) - O pesquisador da Universidade de Bolonha Patrick Zaki, libertado nesta quinta-feira (20) no Egito após receber graça do presidente Abdel Fattah al-Sisi, disse esperar retornar à Itália nos próximos dias.

"Desde o primeiro dia que saí disse que queria voltar para Bolonha. Quero voltar o mais rápido possível e estou trabalhando nisso", declarou ele em entrevista à ANSA.

O pesquisador e ativista pelos direitos humanos estava preso depois de ter sido condenado, no último dia 18 de julho, a três anos de prisão por publicar "notícias falsas" para "perturbar a paz social" e "incitar protestos contra as autoridades públicas". No entanto, ele foi beneficiado pela graça presidencial e libertado.

"Agora o processo acabou e sinto que tenho o direito de voltar para ver meus colegas, de me apresentar para receber meu diploma, de levar uma vida normal em Bolonha e espero que isso aconteça nos próximos dois dias", acrescentou Zaki, lembrando que voltará à Itália após vários anos de ausência.

Questionado sobre o momento mais sombrio desses três anos e meio de processo judicial, incluindo os 22 meses de prisão preventiva, o pesquisador disse que "foi após o veredicto" na última terça-feira, porque ele "não esperava uma sentença tão pesada".

"Senti que voltaria novamente na tempestade: prisão e espera, e que meu futuro estava bloqueado. Mais prisão e depois a proibição de viagens".

Zaki agradeceu profundamente "ao embaixador da Itália no Egito, Michele Quaroni, pelo grande compromisso que assumiu por mim", fazendo referência à conquista de seu visto e de sua noiva, Reni Iskander, que são sempre "válidos".

"Agradeço ao embaixador o papel que desempenhou, porque fez tudo o que estava ao seu alcance para me ajudar a resolver o processo e a mediar; fez contatos diplomáticos e trabalhou para intervir e resolver o problema com o lado egípcio, e chegamos ao ponto em que estamos: não há mais julgamentos, nem sentenças, e estou finalmente livre", disse o pesquisador egípcio.

Por fim, o pesquisador quis também agradecer ao "conselheiro Marco Cardoni, do gabinete político da Embaixada", pelo esforço feito "desde o meu primeiro dia de prisão até à minha libertação".

Em nota, o Palazzo Chigi informou que a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, teve uma conversa telefônica com o presidente do Egito e o agradeceu pela graça concedida a Zaki, "um gesto de grande importância que foi muito apreciado na Itália". (ANSA).
   

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