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Rússia trabalha em novas rotas para fornecimento de grãos

Redazione Ansa

(ANSA) - O governo russo anunciou nesta sexta-feira (21) que está trabalhando em novas rotas para garantir o fornecimento de grãos ucranianos após suspender o acordo de exportação marítima, considerado essencial para equilibrar os preços globais e combater a fome no mundo.

A informação foi divulgada pela agência Tass, citando o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Vershinin, que ressaltou que as promessas do regime de Vladimir Putin de substituir o trigo ucraniano por entregas gratuitas de cereais aos países africanos "serão mantidas".

Segundo o vice-chanceler russo, os países africanos "receberão garantias" sobre sua demanda por produtos agrícolas na cúpula entre a Rússia e a África que será realizada em São Petersburgo no final de julho.

Além disso, Vershinin explicou que, se for necessário, as autoridades de Moscou vão inspecionar os navios que navegam no Mar Negro para garantir que não estejam sendo usados para transportar armas.

A declaração é dada após o Ministério da Defesa russo confirmar que o governo de Putin considerará todos os barcos com destino a portos ucranianos como portadores de equipamento militar, e os países de bandeira desses navios serão considerados envolvidos no conflito ucraniano ao lado de Kiev.

Além disso, várias áreas marítimas no noroeste e sudeste da bacia foram temporariamente declaradas perigosas para a navegação.

"Temos de ter a certeza de que o navio transporta alguma coisa má. Isso significa um pedido, uma fiscalização se for o caso, para verificar se isso é verdade ou não", concluiu o vice-ministro russo.

Nesta tarde, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversou com seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, e agradeceu por seus esforços para reativar o acordo de grãos.

Em uma publicação no Twitter, Zelensky explicou que os dois líderes coordenaram esforços para restaurar o funcionamento da iniciativa sobre os grãos no Mar Negro.

“Devido às ações da Rússia, o mundo está mais uma vez à beira de uma crise alimentar. Um total de 400 milhões de pessoas em muitos países da África e da Ásia correm o risco de morrer de fome. Juntos, devemos evitar uma crise alimentar global”, escreveu ele.

O líder ucraniano também agradeceu Erdogan "pela reunião frutífera em Istambul em 7 de julho e pela postura de princípios da Turquia em relação à adesão da Ucrânia na Otan”. Além disso, pediu a ajuda do presidente turco para devolver os prisioneiros de guerra ucranianos, em particular os da Crimeia.

Itália -

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse nesta sexta-feira (21) que o governo apoiará todas as iniciativas, incluindo os esforços da Turquia, para ajudar a chegar a um acordo entre a Rússia e a Ucrânia sobre a exportação de grãos.

“Se a Turquia puder ajudar a encontrar um acordo entre a Ucrânia e a Rússia, apoiamos todas as iniciativas desse tipo, sejam elas da ONU ou da Turquia, nós as apoiamos”, declarou o chanceler italiano aos jornalistas.

“É essencial que o corredor do Mar Negro funcione e é essencial que não haja acidentes na fábrica de Zaporizhzhia, dois pontos-chave também das nossas iniciativas na Ucrânia”, concluiu. (ANSA).
   

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