(ANSA) - O opositor russo Alexei Navalny foi condenado nesta sexta-feira (4) a mais 19 anos de prisão por acusações de "extremismo".
Um dos maiores críticos do presidente Vladimir Putin, Navalny já está detido há mais de dois anos e meio em uma colônia penal nas proximidades de Moscou por fraude e outras acusações que, segundo o líder da oposição, tiveram motivos políticos.
Os promotores do caso pediram que Navalny pegasse pelo menos 20 anos de detenção, tanto que o russo já havia afirmado que esperava uma sentença "stalinista".
Navalny foi preso logo depois de voltar da Alemanha, onde foi tratado por uma suspeita de envenenamento. O Kremlin, que nega qualquer perseguição ao opositor, acusou o político de trabalhar ao lado da CIA.
O opositor de Putin ainda denuncia constantemente que sofre uma série de abusos na cadeia. Ele diz que é mantido trancado em uma cela de castigo sentido dores e sem qualquer auxílio médico.
"O último veredito de mais um julgamento falso contra Navalny é inaceitável. Esta sentença arbitrária é a resposta à sua coragem de falar criticamente contra o regime do Kremlin. Reitero o apelo da UE à libertação imediata e incondicional de Navalny", disse Charles Michel, presidente do Conselho de União Europeia.
Já Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha, escreveu nas redes sociais que a condenação de Navalny é uma "injustiça".
Os Estados Unidos seguiram os mesmos passos e criticaram a decisão da justiça russa de condenar Navalny. "É uma conclusão injusta para um julgamento injusto", disse o porta-voz do Departamento de Estado do país, Matthew Miller. (ANSA).
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