(ANSA) - A Itália expressou nesta terça-feira (15) preocupação com uma nova onda de violência na Líbia, país que é um dos principais vetores da crise migratória no Mar Mediterrâneo.
Os arredores da capital Trípoli foram palco de violentos confrontos entre dois importantes grupos armados por conta da prisão do comandante de um deles, Mahmoud Hamza, chefe da milícia Brigada 444.
Os embates deixaram pelo menos dois mortos e forçaram a suspensão dos voos no único aeroporto civil de Trípoli. Hamza foi preso pelo grupo Força al-Radaa, em mais um capítulo da disputa de milícias que domina a Líbia desde a queda de Muammar Kadafi, em 2011.
"O governo segue com atenção a situação em Trípoli. Falei com a ministra Najla el-Mangoush [Relações Exteriores], e a prioridade da Itália continua sendo a estabilização da Líbia, sem violência nem interferências, e o início de um percurso rumo a eleições democráticas", disse nas redes sociais o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani.
A Brigada 444 é ligada ao Ministério da Defesa da Líbia e tem fama de ser a milícia mais disciplinada do país, controlando os subúrbios ao sul de Trípoli.
Já a Força al-Radaa, de orientação ultraconservadora, é um grupo de dissuasão que faz as vezes de polícia da capital líbia e se coloca como independente do governo de união nacional.
A Missão de Suporte das Nações Unidas na Líbia (Unsmil) também expressou preocupação com a onda de violência e seus "possíveis impactos nos esforços para cultivar um ambiente de segurança que favoreça o avanço do processo político, incluindo os preparativos para eleições nacionais". (ANSA)
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