(ANSA) - O número de migrantes forçados que chegam à Itália pela rota do Mediterrâneo Central mais que dobrou nos primeiros sete meses de 2023.
Segundo dados do Ministério do Interior, o país recebeu 89.158 deslocados internacionais entre janeiro e julho, um crescimento de 115% em relação aos 41.435 do mesmo período do ano passado.
Desse total, apenas 3.777 foram resgatados por navios de ONGs humanitárias (contra 6.224 do ano passado), que tiveram sua atividade dificultada por ações do governo da premiê Giorgia Meloni, como designar portos distantes para desembarcar migrantes.
O Ministério do Interior da Itália também reportou aumento de 70,6% nos pedidos de refúgio, para 72.460, e de 28,1% nas repatriações, para 2.561.
Considerando até 14 de agosto, o país já recebeu 99,8 mil deslocados internacionais via Mediterrâneo em 2023, alta de 108% sobre o ano passado. Com isso, a Itália está perto de superar o número de migrantes forçados registrado em 2022 inteiro: 105 mil.
O recrudescimento da crise migratória no Mediterrâneo acontece apesar da postura linha dura de Meloni, que ainda não conseguiu reverter a tendência de aumento das travessias.
Os principais pontos de partida dessas viagens são Tunísia e Líbia, mas os países de origem mais frequentes entre os migrantes são Guiné e Costa do Marfim, na África Subsaariana, e Egito, no norte do continente. (ANSA)
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