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Sarkozy e Merkel pressionaram Berlusconi a renunciar em 2011

Revelação foi feita pelo ex-mandatário no 2º volume de seu livro

Berlusconi faleceu no último mês de junho

Redazione Ansa

(ANSA) - O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy e a ex-chanceler da Alemanha Angela Merkel pressionaram o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, morto no último mês de junho, a renunciar ao cargo em 2011.

A revelação foi feita pelo próprio ex-mandatário francês no segundo volume do livro "Os Tempos dos Combates", que ainda não foi publicado oficialmente.

"Tratava-se de salvar a terceira maior economia da zona euro. As taxas de juros que Roma teve de pagar para refinanciar a sua colossal dívida haviam batido um novo recorde. Tínhamos atingido o limite da sustentabilidade da dívida", escreveu Sarkozy.

"Ele começou a nos explicar que não entendíamos que a dívida estava nas mãos dos italianos e que com os mercados internacionais não havia risco. Ele levantou a hipótese de um grande empréstimo. Tudo isso foi temperado com as piadas a que nos habituou e que eram ainda mais deslocadas do que de costume. Assistimos, aterrorizados, ao início do fim de uma grande carreira política", acrescentou.

Na publicação, Sarkozy afirmou que, ao lado de Merkel, precisaram dizer que Berlusconi "era o problema da Itália". O francês também recordou que o momento foi marcado por uma "grande tensão".

"Pensávamos, sinceramente, que a situação seria menos dramática sem ele e a suas atitudes patéticas", afirmou o ex-presidente.

Apesar do desgaste da relação entre Sarkozy e Berlusconi, o francês relatou que ficou "sinceramente triste" com a morte do ex-premiê italiano. (ANSA).
   

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