(ANSA) - O chefe de comunicação institucional da região do Lazio, Marcello De Angelis, está sendo acusado de celebrar o criminoso nazista Heinrich Himmler, que chefiava a polícia de elite SS.
De Angelis já havia se envolvido em polêmicas anteriormente por ter defendido terroristas de extrema-direita, e na quarta-feira (23) foi apontado por ter integrado uma banda com músicas com letras antissemitas.
Dessa vez a polêmica foi causada por uma publicação no Instagram de uma foto de uma taça de vinho branco ao lado de um candelabro de barro, com a legenda "melhor acender uma vela que maldizer a escuridão".
O candelabro em questão era um Julleuchter, um artigo que era símbolo do paganismo mas foi incorporado pelo nazismo como parte das celebrações do Yule, o solstício de inverno.
A data era celebrada justamente em 21 de dezembro, data da publicação, e havia uma corrente entre os nazistas que queria substituir a comemoração do Natal cristão pela do Yule.
Além disso, os itens artesanais eram produzidos por prisioneiros do campo de concentração de Dachau, para que Himmler os distribuísse a seus soldados.
O símbolo de horror foi reconhecido por seguidores e desmentiu a narrativa adotada por ele, que era o cantor e líder da conhecida banda italiana 270Bis, cujo repertório tem letras classificadas como antissemitas, mas se disse arrependido.
"Ao reler aquelas palavras sinto embaraço e horror. Nesses 20 anos mudei radicalmente a visão da vida, da humanidade e de mim mesmo", declarou na véspera. À luz da publicação de dezembro passado, a narrativa de arrependimento perdeu força.
Em 1º de setembro, De Angelis vai passar por uma audiência extraordinária no Conselho Regional, mas políticos, especialmente de oposição e do Partido Democrático (PD) pediram que o governador Francesco Rocca afaste o porta-voz imediatamente. (ANSA).