(ANSA) - Militares do Gabão anunciaram a escolha do general Brice Oligui Nguema, chefe da guarda presidencial, como novo chefe de Estado.
O grupo deu o golpe na quarta-feira (30) logo após a confirmação da reeleição do presidente Ali Bongo Ondimba, no cargo há 14 anos, que foi deposto e colocado em prisão domiciliar.
A dinâmica segue os moldes do que aconteceu no Níger, onde o presidente também foi removido e preso, e onde o chefe da guarda presidencial também foi apontado como sucessor.
Os militares anunciaram Nguema em uma transmissão da rede de televisão estatal, com soldados ao fundo gritando "Oligui presidente" e sons de tiros de metralhadoras na capital, Libreville.
Em resposta, o Conselho de Paz e Segurança (PSC) da União Africana anunciou a suspensão do Gabão.
No Twitter, o organismo disse que "condena com firmeza a tomada de poder militar, e suspende imediatamente todas as participações do Gabão da UA, de seus órgãos e instituições".
O chanceler italiano, Antonio Tajani, voltou a falar sobre o caso: "No Níger e no Gabão há uma situação de instabilidade com uma série de golpes e efeito dominó. Pedimos sempre uma solução diplomática com presença da Europa, mas sem nova colonização".
"Avaliamos as propostas de mediação da Argélia. Uma intervenção militar criaria novas complicações e aumentaria os fluxos migratórios. Avaliaremos sanções, mas precisamos de uma solução diplomática, com grande prudência", completou. (ANSA).