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Itália quer proibir uso de celulares por adolescentes condenados

Fachada do Palácio Chigi, sede do governo italiano

Redazione Ansa

(ANSA) - O governo da Itália está preparando um decreto para combater a delinquência juvenil e que prevê a possibilidade de proibir o uso de celulares por adolescentes de mais de 14 anos envolvidos em crimes.

A medida chega em meio à comoção pelo estupro coletivo contra duas meninas de 10 e 12 anos de idade na cidade de Caivano, nos arredores de Nápoles, violência que teve a participação de menores de idade.

Segundo um rascunho do decreto, se um adolescente com mais de 14 anos for condenado - ainda que em primeira instância - por crimes contra a pessoa, o patrimônio ou relativos a armas ou drogas, a polícia poderá propor à Justiça a proibição de usar "plataformas ou serviços informáticos e telemáticos, além do veto à posse de telefones celulares".

O esboço também prevê multas de até mil euros (R$ 5,4 mil) para os pais de adolescentes infratores, a não ser que eles provem que "não poderiam impedir o fato", e penas de até dois anos de cadeia para os genitores que não colocarem seus filhos na escola.

O texto ainda abre a possibilidade de realização de "trabalhos socialmente úteis ou colaborações gratuitas com entidades sem fins lucrativos" para redução da pena nos casos de condenações inferiores a cinco anos de prisão.

"O governo está trabalhando para lançar o quanto antes um pacote de medidas para garantir mais segurança em nossas cidades. A luta contra o crescente e preocupante fenômeno do uso de armas pelos mais jovens é um dos temas", disse o ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi. (ANSA)

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