(ANSA) - A polícia da Itália prendeu nesta quarta-feira (6) quatro pessoas acusadas de violência sexual de grupo contra duas irmãs que, na época dos fatos, tinham menos de 10 anos de idade.
Os suspeitos são um avô, um tio, o pai e a mãe das vítimas, que hoje estão com 13 e 19 anos, e o caso aumenta a lista de estupros coletivos que vieram à tona no país nos últimos meses.
As prisões foram efetuadas na cidade de Monreale, na Sicília, após uma denúncia feita por uma professora das irmãs. A vítima mais jovem contou à docente que o avô e o tio a violentavam sistematicamente quando ela tinha entre seis e nove anos, se aproveitando da ausência dos pais.
Segundo o relato das vítimas, os genitores sabiam dos crimes, mas nunca denunciaram à polícia, o que os fez ser detidos por cumplicidade.
"Quando meu pai me viu, me perguntou porque eu estava chorando, e eu disse que meu avô e meu tio tinham feito isso. Meu pai ficou muito bravo, mas depois não disse nada a ninguém. Aí depois aconteceu de novo e de novo, até que eu disse: 'Chega'", afirma o depoimento da menina de 13 anos.
Durante as investigações, a polícia descobriu que a irmã mais velha também tinha sido estuprada quando era criança.
O caso vem à tona enquanto a Itália ainda está sob comoção por conta do estupro coletivo contra duas meninas de 10 e 12 anos de idade em Caivano, nos arredores de Nápoles, em um bairro dominado pela máfia Camorra.
A premiê Giorgia Meloni, primeira mulher a governar a Itália, visitou a cidade na semana passada e admitiu o "fracasso do Estado" na proteção dos mais frágeis. (ANSA)
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