(ANSA) - O bilionário Elon Musk negou nesta quinta-feira (7) ter desligado os satélites de seu serviço de internet Starlink para evitar, no ano passado, um ataque ucraniano a uma frota russa na Crimeia.
"As regiões em questão não estavam ativas. [A empresa] SpaceX não desativou nada", declarou Musk.
O esclarecimento foi dado após a repercussão negativa de comentários do dono do Twitter e fundador da Tesla após a divulgação de trechos de sua autobiografia.
Ele disse que evitou o ataque ao recusar um pedido da Ucrânia para ativar a internet no Mar Negro, perto da península anexada.
"Houve um pedido de emergência das autoridades para ativar o Starlink até Sebastopol. A intenção óbvia era afundar a maior parte da frota russa. Se tivesse concordado, a SpaceX teria sido cúmplice de um grande ato de guerra e escalada no conflito", afirmou.
No trecho da biografia escrita por Walter Isaacson, publicado pelo Washington Post, consta que Musk conversou com o embaixador russo nos Estados Unidos e ouviu dele que o ataque ucraniano desencadearia uma resposta nuclear russa.
Musk então teria desativado a cobertura na costa da Crimeia, e quando os drones submarinos se aproximaram da frota russa, perderam a conexão e afundaram.
O ex-presidente da Rússia e alto funcionário do governo, Dmitry Medvedev, elogiou Musk no Twitter: "Estava preocupado com um ataque nuclear. Parece que Musk é a última mente adequada na América do Norte".
Por outro lado, o conselheiro de Volodymyr Zelensky, Mykhailo Podolyak, disse que Musk "permitiu que a frota lançasse mísseis contra cidades ucranianas, matando civis e crianças". (ANSA).