(ANSA) - O número de mortos em decorrência do forte terremoto que atingiu o Marrocos na noite do último dia 8 de setembro ultrapassou a marca de 2,8 mil, de acordo um balanço divulgado pelo Ministério do Interior do país nesta segunda-feira (11).
Segundo o boletim, citado pela imprensa local, o sismo de 7.0 graus de magnitude na escala Richter provocou a morte de 2.862 pessoas e deixou outros milhares de feridos.
As equipes de resgate no Marrocos estão fazendo uma corrida contra o tempo para tentar salvar as pessoas que seguem presas nos escombros. A situação é crítica nas zonas rurais do epicentro do tremor, onde muitas casas, construídas com tijolos de barro, ruíram e as estradas de acesso aos vilarejos permanecem inacessíveis.
Um porta-voz da União Europeia (UE) informou que, após o tremor, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência do bloco "acompanhou cuidadosamente a situação e está em contato com as autoridades marroquinas para lhes oferecer assistência total da Defesa Civil da UE.
Além disso, reforçou que a Comissão conversa com os Estados-membros para a possível mobilização de equipes de intervenção, caso o Marrocos considere necessário.
Até o momento, porém, o país ainda "não solicitou assistência", explicou a fonte, lembrando que "o sistema de satélite Copernicus da UE também foi ativado em 9 de setembro para fornecer serviços de mapeamento de emergência".
Rabat realizou uma avaliação precisa das necessidades de seu território e "nesta fase específica" da dramática emergência causada pelo terremoto "respondeu favoravelmente às ofertas de apoio de países amigos, como Espanha, Catar, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos".
A medida foi anunciada em nota do Ministério do Interior marroquino, que coloca fim às polêmicas e esclarece que aceitou a ajuda oferecida por apenas quatro países "nesta fase específica, justificando a sua decisão "tendo em conta que a falta de coordenação em tais situações pode ser contraproducente".
Ao todo, mais de mil médicos e quase 2 mil enfermeiras foram acionados para as áreas do desastre, em particular, para a província de AL Haouz. Todas as forças armadas do país estão concentradas na região do epicentro do tremor.
Diversas fundações e ONGs locais anunciaram campanhas de arrecadação de fundos, além de prepararem mil refeições por dia para pessoas deslocadas.
No último fim de semana, o governo italiano já havia dito estar em contato constante com as autoridades marroquinas e garantiu que disponibilizou equipamentos de emergência e apoio sanitário ao país.
Além disso, ofereceu "a primeira oferta do sistema de Defesa Civil, em apoio às suas estruturas operacionais, na sequência do dramático acontecimento sísmico".
De acordo com o ministro da Defesa Civil, Nello Musumeci, a Itália poderia enviar a ajuda imediatamente, com uma equipe italiana de busca e salvamento composta por 48 unidades especializadas, incluindo bombeiros, barracas e camas para mil indivíduos e um posto médico avançado com ou sem agente sanitário".
Uma equipe italiana do grupo de Operações de Emergência (Roe) chegou aos locais mais afetados nas encostas da principal cordilheira de Marrocos em Adassil.
“Chegamos a locais onde a ajuda não chegou, ainda há mortos debaixo dos escombros e pessoas a tentar retirá-los por conta própria. Aqui as pessoas estão sem qualquer assistência e ninguém tinha chegado, quando nos viram atiraram-se em cima das nossas máquinas. Estamos aqui de forma privada, o Estado italiano não tem nada a ver com isso”, afirmou Cicchetti Marchegiani, presidente do grupo. (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it