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Líder norte-coreano chega na Rússia para reunião com Putin

Aproximação dos líderes foi criticada pelo vice-premiê da Itália

Kim Jong-un e Putin durante encontro

Redazione Ansa

(ANSA) - O Kremlin informou nesta terça-feira (12) que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, entrou no território russo, onde deverá se reunir com o presidente Vladimir Putin.

A agência estatal russa Ria Novosti divulgou que o trem de Kim cruzou a região de Primorye, na fronteira com a Coreia do Norte, e mostrou imagens do transporte verde escuro sendo puxado por uma locomotiva da Russian Railways.

De acordo com a emissora de TV Rossiya-1, o comboio passou em "total sigilo" pela estação Chasan, localizada no território russo, perto da fronteira, e depois continuou pela ferrovia Transiberiana.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a reunião entre Putin e Kim será realizada no Extremo Oriente, mas não disse o local exato. O encontro ocorre em meio a especulações de um acordo de armas entre as nações.

Especialistas acreditam que Moscou provavelmente pedirá a Pyongyang projéteis de artilharia e mísseis antitanque em troca de tecnologia avançada de satélite e submarinos com propulsão nuclear.

As conversações serão realizadas entre as duas delegações e também na modalidade individual, seguidas de um jantar oficial.

Segundo Peskov, Kim e Putin devem discutir "temas sensíveis", ignorando ao mesmo tempo "avisos" dos Estados Unidos de que a Coreia do Norte "pagaria um preço" se fornecesse a Moscou armas para o conflito na Ucrânia.

"Ao construir as nossas relações com os nossos vizinhos, incluindo a Coreia do Norte, o mais importante para nós são os interesses dos nossos dois países, e não os avisos de Washington", acrescentou Peskov, enfatizando que não está prevista qualquer coletiva de imprensa.

Itália 

Hoje, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse que o presidente russo está cometendo um erro ao tentar reforçar os laços com o líder da Coreia do Norte.

"A Rússia está buscando apoio, incluindo apoio militar, e aliados e recorreu ao pior parceiro possível, Kim Jong-un", afirmou Tajani à rádio Rtl.

Segundo o chanceler italiano, "a Coreia do Norte tem uma atitude agressiva no Indo-Pacífico" e "continua a ser condenada pelos seus lançamentos de mísseis e ameaças".

"Estas não são coisas que dão motivos para otimismo. A Rússia está isolada, mas está tentando sair deste isolamento. Para o mundo livre é uma potência agressiva", acrescentou.

Tajani, que visitou Pequim na última semana, reforçou ainda que "a China também está preocupada com a atitude de Moscou". "Na semana passada pedi ao ministro das Relações Exteriores da China que pressionasse a Rússia a seguir conselhos mais sábios", alertou. (ANSA).
   

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