(ANSA) - As Forças Armadas do Azerbaijão e os separatistas armênios de Nagorno-Karabakh aceitaram nesta quarta-feira (20) um cessar-fogo mediado pela Rússia, que mantêm forças de paz na região.
As hostilidades foram interrompidas às 13h (horário local), após os separatistas terem aceitado depor as armas, condição que havia sido imposta por Baku para uma trégua.
Os dois lados iniciarão negociações nesta quinta (21), na cidade azeri de Yevlakh. Segundo o Azerbaijão, a operação militar tinha finalidade "antiterrorista", após a morte de quatro policiais e dois civis azeris em explosões de minas na região.
As autoridades armênias de Nagorno-Karabakh disseram que os ataques de Baku mataram pelo menos 32 pessoas, incluindo sete civis e duas crianças, e deixaram mais de 200 feridos.
Por sua vez, o governo da Armênia diz não ter mais tropas na região desde 2021 e que não participou das negociações para um cessar-fogo. O premiê Nikol Pashinyan inclusive foi alvo de protestos, e manifestantes o chamaram de "traidor" por não ter defendido os armênios de Nagorno-Karabakh.
Enquanto isso, o papa Francisco lamentou a "crítica situação humanitária no Cáucaso meridional" e pediu paz. "Dirijo meu apelo a todas as partes envolvidas e à comunidade internacional para que as armas se calem e sejam feitos todos os esforços para encontrar soluções pacíficas", declarou o pontífice.
A disputa por Nagorno-Karabakh remete ao fim da década de 1980, em meio ao desmantelamento da União Soviética, e Azerbaijão e Armênia travaram uma guerra de um mês e meio em 2020, com saldo de milhares de mortos.
Naquela ocasião, Baku retomou o controle de uma parcela do território de Nagorno-Karabakh, incluindo a importante cidade de Shusha, mas outras partes seguem sob poder de separatistas armênios, incluindo Stepanakert, principal município da região. (ANSA)
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