(ANSA) - A Síria realiza nesta sexta-feira (6) um funeral coletivo de dezenas de soldados do governo, mortos em um ataque aéreo deflagrado por "terroristas" não identificados contra a academia militar da cidade de Homs, no centro do país.
Na última quinta(5), uma ofensiva lançada no final de uma cerimônia de conclusão do treinamento de cadetes deixou ao menos 110 mortos e 400 feridos , segundo o Observatório Nacional dos Direitos Humanos.
Imagens da imprensa local mostram dezenas de familiares e amigos das vítimas, incluindo oficiais uniformizados, reunidos em um cortejo fúnebre iniciado no hospital militar de Homs até o cemitério local.
Até o momento, o governo sírio tem mantido a identidade das vítimas e o número total de mortos sob sigilo absoluto. Nenhum grupo terrorista assumiu o atentado até agora.
A área de Homs é uma das mais monitoradas por forças antiaéreas, radares e tropas governamentais, russas e iranianas. Na ausência de informações claras, as autoridades locais cogitam que o ataque foi deflagrado por facções do próprio grupo militar sírio com o objetivo de eliminar uma série de oficiais superiores de Damasco, como parte de uma briga interna.
Após o atentado, o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria fez um apelo à "redução imediata" da violência no país. "As cenas horríveis lembram a necessidade de uma redução imediata da violência, de um cessar-fogo nacional e de uma abordagem cooperativa para combater os grupos terroristas listados pelo Conselho de Segurança", declarou Geir Pedersen, em comunicado publicado em Genebra.
Segundo ele, que está "gravemente preocupado com a escalada de violência na Síria, "todas as partes devem respeitar as suas obrigações ao abrigo do direito internacional e garantir a proteção dos civis e das infraestruturas".
O governo brasileiro também lamentou o ataque e expressou "suas condolências aos familiares das vítimas e sua solidariedade ao povo e ao governo da Síria", além de reiterar "seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo". (ANSA).