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Gaza fica sem energia; míssil atinge hospital em Israel

Conflito já registra mais de 2,2 mil mortos nos dois lados

Destruição provocada por bombardeio israelense em Gaza

Redazione Ansa

(ANSA) - As autoridades da Faixa de Gaza afirmaram nesta quarta-feira (11) que a única central elétrica do território parou de funcionar após ficar sem combustível, deixando os cerca de 2 milhões de moradores da região sem energia.

Gaza é alvo de uma estratégia de "cerco total" por parte de Israel, após o ataque sem precedentes promovido pelo grupo radical Hamas no último fim de semana, que deixou pelo menos 1,2 mil mortos, em sua maioria civis, e 2,7 mil feridos, segundo números oficiais.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, por sua vez, reporta 1.055 mortos e 5.184 feridos na resposta israelense. Fontes palestinas apontam que entre as vítimas estão familiares de Mohammed Deif, tido como a mente por trás da incursão do Hamas.

Já a Organização das Nações Unidas (ONU) disse que cerca de 264 mil pessoas estão desalojadas em Gaza devido aos bombardeios.

Israel afirmou ter atingido 450 alvos do Hamas e outras facções palestinas na última madrugada e que a prioridade é "eliminar os comandantes" do grupo fundamentalista. Um dos edifícios bombardeados é a Universidade Islâmica, acusada de servir como centro de treinamento de combatentes e para a produção de armas.

O país também deslocou cerca de 300 mil soldados para as proximidades da Faixa de Gaza, indicando uma possível incursão terrestre em breve.

"Isso é para garantir que o Hamas, no fim dessa guerra, não tenha nenhuma capacidade militar com a qual ameaçar ou matar civis israelenses", declarou o tenente-coronel Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), no Twitter.

Por sua vez, o Hamas e a Jihad Islâmica lançaram uma nova leva de foguetes contra Israel, e um deles atingiu o hospital de Ashkelon, nas proximidades da Faixa de Gaza.

Enquanto isso, o Egito tenta negociar um cessar-fogo de algumas horas para permitir a entrada de ajuda humanitária no território palestino, através do posto de Rafah.

Netanyahu

Em meio à forte contraofensiva de Israel à Faixa de Gaza,  primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quinta-feira: “Hoje, cada um dos membros do Hamas é um homem morto”.

Novamente, o premiê comparou o grupo ao Estado Islâmico e prometeu: “Vamos esmagá-los e destruí-los como o mundo destruiu o Daesh”. 

Suposta incursão no norte de Israel

Residentes de diversas áreas no norte de Israel fugiram para abrigos antiaéreos devido a uma suposta incursão de um drone no espaço aéreo do país.

Veículos da imprensa israelense relatam infiltrações de aeronaves não tripuladas e homens armados com asas-deltas. Por outro lado, o canal de TV do Hezbollah, grupo xiita atuante no sul do Líbano, negou ter realizado ações aéreas em Israel.

Voluntários e agentes da ONU

O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (Icrc) informou nesta quarta-feira que cinco de seus integrantes foram mortos em Gaza e em Israel.

Quatro das vítimas eram paramédicos.

"O Icrc tristemente confirma as mortes de cinco membros da nossa rede por causa das hostilidades armadas em Israel e na Faixa de Gaza", diz a nota do grupo.

"Uma vítima de hoje é um paramédico do Crescente Vermelho Palestino (Prcs) em Gaza, que estava à bordo de uma ambulância.

Esta notícia, como todas que chegam da Faixa de Gaza e de Israel, nos enche de dor", disse ainda uma manifestação da Cruz Vermelha Italiana.

"Temos não só a proximidade aos nossos co-irmãos nesta terrível fase de violência mas também o forte apelo que renovamos também da Itália a todas as partes envolvidas no conflito, o de proteger todos os que estão envolvidos no socorro e na ajuda humanitária, tutelando as vidas dos civis", concluiu.

Onze funcionários da Agência das Nações Unidas para refugiados palestinos (Unrwa) também oram mortos na Faixa de Gaza desde sábado (7), quando começaram os ataques.

O anúncio foi feito nesta quarta pelo porta-voz da secretaria-geral da ONU, Stéphane Dujarric, acrescentando que 30 estudantes das escolas administradas pela agência foram mortos e oito ficaram feridos.

(ANSA)

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