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Israel chega em 6º dia de guerra contra Hamas e recebe Blinken

Netanyahu e secretário dos EUA se reuniram para debater ofensiva

Novos ataques foram registrados em Israel

Redazione Ansa

(ANSA) - O conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas entrou no sexto dia nesta quinta-feira (12), enquanto o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, recebe o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

O representante do governo de Joe Biden chegou em Tel Aviv e se reuniu com as autoridades israelenses, incluindo o presidente do país, Isaac Herzog, para reforçar o apoio dos Estados Unidos a Israel.

Em declaração à imprensa após encontro com Netanyahu, Blinken apelou para a comunidade internacional repreender as ações do grupo palestino, porque "não há justificativa para as suas atrocidades".

"A falha em condenar os atos de terrorismo não põe em risco apenas o povo de Israel, mas de todo o mundo. Veja o que aconteceu: indivíduos de 36 países foram mortos ou estão desaparecidos depois dos ataques", afirmou ele.

De acordo com o norte-americano, "qualquer um que quer paz e justiça precisa condenar os atos de terror do Hamas", principalmente porque o grupo fundamentalista "não representa o povo palestino ou sua legítima aspiração de viver em igualdade de condições de segurança, liberdade, justiça, oportunidade e dignidade".

"O Hamas só tem uma agenda, destruir Israel e assassinar judeus", acrescentou Blinken, que é judeu, lembrando que a "brutalidade e desumanidade" do Hamas recorda o pior do grupo jihadista Estado Islâmico.

Durante seu pronunciamento, o representante da Casa Branca também lamentou os "bebês mortos, corpos decapitados, pessoas queimadas vivas, mulheres estupradas", além dos "pais mortos na frente dos filhos e filhos mortos na frente dos pais".

"Como podemos entender e digerir isso?", questionou ele, reafirmando o apoio dos EUA a Israel.

Na sequência, anunciou uma ajuda militar, com fornecimento de armamento e de interceptadores para reforçar o sistema de defesa antimíssil, o chamado Domo de Ferro.

Por sua vez, Netanyahu disse que a visita de Blinken é "um exemplo tangível do inequívoco apoio dos EUA por Israel" e fez um apelo para todos os países se unirem com seu governo na luta contra o Hamas, classificando o grupo como "um inimigo da civilização".

Para o premiê israelense, o "Hamas é o Estado Islâmico", e da forma que o EI foi liquidado, o grupo palestino também "será liquidado".

"O Hamas deve ser tratado exatamente como o Estado Islâmico foi tratado: deve ser eliminado da comunidade das nações. Nenhum líder deve encontrá-los. Ninguém deve financiá-los. E eles também devem ser sancionados", enfatizou.

Hoje, o governo israelense já havia pedido à Alemanha munições para os seus navios de guerra, bolsas de sangue para transfusões e coletes à prova de balas, informou o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, em Bruxelas.

Agora, a expectativa é de que o secretário de Estado norte-americano também visitará algumas famílias de reféns israelenses sequestrados pelo Hamas e levados para Gaza. De acordo com a imprensa local, Blinken também se encontrará com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Até o momento, a ofensiva do Hamas em Israel já provocou a morte de 1,3 mil e deixou 3,3 mil feridos, incluindo 28 em estado crítico e 350 em estado grave, segundo a imprensa local.

Enquanto isso, em Gaza, o número de mortos em decorrência da guerra chegou a 1.417. Já os feridos são 6.268, informou o Ministério de Saúde local.

O ministro de Energia israelense, Israel Katz, confirmou hoje que não vai restabelecer a energia elétrica, água e gasolina em Gaza até que os reféns sejam libertados. Por outro lado, o Hamas confirmou que tem mais de 120 prisioneiros nas suas mãos.

Já o porta-voz militar Daniel Hagari revelou que Israel está reconstruindo as identidades de todos os militantes do Hamas que participaram dos ataques nas aldeias próximas de Gaza no último sábado para atacá-los.

"Estamos nos preparando para a próxima fase da guerra. Estamos destruindo a capacidade do Hamas de manter a soberania e a governabilidade em Gaza", concluiu Hagari. (ANSA).
   

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