(ANSA) - Um homem invadiu uma escola no norte da França na manhã desta sexta-feira (13) e esfaqueou alunos e professores, deixando ao menos um morto e alguns feridos.
Segundo as autoridades locais, citadas pela Bfm-TV, um professor de literatura foi morto e outros dois foram esfaqueados, ficando gravemente feridos. O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, confirmou a prisão do criminoso.
O agressor, que seria um checheno de 20 anos e ex-estudante da escola, teria entrado nas salas de aulas gritando "Allah Akbar" ("Alá é grande"), como faziam os terroristas autores da série de atentados reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico entre 2015 e 2017 no país.
De acordo com a Bfm-TV, citando fontes policiais, o irmão do autor do crime também foi preso. Até o momento, não se sabe quais foram as motivações do crime e, por isso, a investigação ainda não foi confiada ao departamento antiterrorismo. Nenhum grupo terrorista reivindicou a autoria do ataque até agora.
"Estávamos saindo da sala de aula para ir para a cantina, vimos um rapaz com duas facas atacar. Um professor ensanguentado tentou acalmá-lo para nos proteger. Ele nos mandou ir embora, não entendemos bem, começamos a correr e outros voltaram para os andares superiores", relatou um dos alunos para o jornal "La Voix Du Nord".
O ataque ocorreu na escola secundária Gambetta-Carnot, em Arras, cidade com 40 mil habitantes e capital da região de Pas-de-Calais, próximo da fronteira com a Bélgica.
Este novo episódio de violência na França acontece três dias após o terceiro aniversário da decapitação de Samuel Paty, de 47 anos, professor morto em 16 de outubro de 2020 nos subúrbios de Paris depois de ter dado uma aula sobre liberdade de expressão, mostrando às crianças, entre outras coisas, as caricaturas de Maomé. (ANSA).