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Itália discute medidas para reforçar segurança contra ataques

Ministros estão em alerta após atentado na França e guerra em Israel

Itália discute medidas de segurança

Redazione Ansa

(ANSA) - O ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, presidiu neste sábado (14) uma reunião do comitê nacional para discutir medidas para reforçar a segurança no país.

A Comissão de Ordem e Segurança é realizada após a eclosão da guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas e depois que um extremista matou um professor a facadas em um ataque na escola de Arras, na França, na última sexta-feira (13).

"Meses difíceis e complicados certamente nos aguardam, para os quais é aconselhável manter a atenção elevada", afirmou o ministro italiano.

No entanto, revelou que "neste momento não há evidências concretas e imediatas" sobre o risco de terrorismo interno, mas "há o suficiente para manter o nível de alerta muito alto". Para ele, o episódio na França é o que mais preocupa o governo italiano.

Durante a reunião, Piantedosi foi atualizado sobre a situação da segurança na Itália por funcionários da inteligência e da polícia, segundo fontes do Ministério do Interior.

O grupo discutiu uma lista de "locais sensíveis" que são alvos potenciais de ataques e que precisam de segurança reforçada. Ao todo, a Itália tem 28.707 lugares vulneráveis em todo o território nacional, sendo que 205 são ligados à comunidade judaica e ao Estado de Israel, em sua maioria religiosos e diplomáticos.

"Na Itália, o sistema de inteligência e prevenção das forças policiais nacionais nos permite contar com um sistema de prevenção muito confiável. Quase sempre interceptamos estes fenômenos", afirmou Piantedosi.

Por fim, o ministro do Interior comentou sobre a possibilidade do aumento dos fluxos migratórios na Itália como resultado da guerra em Israel.

"Já informamos chegadas da Palestina, mesmo que isso já tenha acontecido antes. É importante interceptar na chegada quem puder de alguma forma dar uma indicação de maior atenção", alertou.

Mais cedo, o ministro de Defesa da Itália, Guido Crosetto, já havia alertado para o "risco de combatentes entre os migrantes".

"Agora torna-se essencial defender a segurança do país e estou convencido de que essa necessidade aumentará nos próximos meses, tanto porque é possível uma nova explosão do fundamentalismo, porque fenômenos deste tipo aumentam o risco de imigração", afirmou ele.

De acordo com Crosetto, "o risco é que não haja sempre imigração da pobreza, mas também de indivíduos que chegam para causar danos. Portanto, o controle deve ser aumentado ainda mais porque agora não podemos permitir a entrada de pessoas que viriam lutar contra nós".

Além disso, o líder da pasta de Defesa reforçou que o governo italiano deve se preparar para as inevitáveis consequências econômicas da guerra entre Israel e Hamas, que devem atingir o mundo inteiro.

Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, confirmou o reforço das medidas de segurança, mas descartou riscos iminentes no país. "Na Itália a situação é diferente da de França, não há riscos imediatos, não há qualquer suspeita de que as medidas para proteger a comunidade judaica e os locais de culto tenham sido reforçadas", concluiu. (ANSA).
   

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