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Agressor reivindicou ataque na França em nome do Estado Islâmico

Jovem de 20 anos matou professor em escola na cidade de Arras

Ataque deixou um professor morto em Arras

Redazione Ansa

(ANSA) - O homem que matou um professor no último dia 13 de outubro na escola de Arras, no norte da França, publicou um vídeo no qual reivindica o atentado em nome do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) antes de cometer o crime.

A informação foi divulgada por fontes próximas à investigação, citadas pela imprensa local, nesta terça-feira (17).

No vídeo publicado antes do ataque, o checheno Mohammed Mogouchkov, de 20 anos, que tinha ficha criminal por radicalização, assume a responsabilidade por seu gesto em nome do grupo terrorista e também faz uma alusão "muito marginal" à ofensiva do Hamas contra Israel, no último dia 7 de outubro.

Na sexta-feira passada, Mogouchkov invadiu a escola Carnot-Gambetta, em Arras, e assassinou o professor Dominique Bernard, de 57 anos, e deixou outras duas pessoas feridas. Ele foi detido e, depois de passar 96 horas em custódia policial, deve comparecer hoje a uma audiência perante um juiz antiterrorismo francês para o seu provável indiciamento.

De acordo com as autoridades, Mogouchkov ainda "não apresentou explicações" sobre o ataque até o momento, mas em seu vídeo "lançou-se contra os valores dos franceses, nas suas próprias palavras".

O procurador antiterrorismo francês, Jean-François Ricard, anunciou a abertura de uma investigação judicial contra ele sob a acusação de homicídio no âmbito de uma organização terrorista e detalhou o logística do crime.

Mogouchkov comprou um telefone na manhã do ataque em uma loja na cidade no norte da França e, logo depois, seguiu para a escola.

Ele esperou por 20 minutos a abertura dos portões da instituição e, ao ver alguns professores saindo, se jogou com duas facas contra eles, acertando Bernard "nos ombros e no pescoço".

Nesta ocasião, ele também feriu outros dois funcionários da escola e questionou onde estava "o diretor" e o "professor de história". Já no pátio interno, ele agrediu o profissional de educação física.

Segundo fontes policiais, 11 pessoas foram detidas no âmbito da investigação antiterrorista sobre o ataque de Arras, mas três delas deverão ser libertadas hoje. O presidente Emmanuel Macron garantiu que não houve "lacuna nos nossos serviços de segurança".

O novo ataque mergulhou a França novamente no pesadelo dos atentados jihadistas e reacendeu um alerta em todo o país. As autoridades francesas, inclusive, reforçaram ainda mais os controles de entrada no seu território nacional. (ANSA).

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